Conheça a origem Africana da astrologia

Vamos começar esse texto falando DA ORIGEM AFRICANA DOS CALENDÁRIOS!

Os calendários mais antigos do mundo foram encontrados no continente africano. Eles eram baseados em mapas estelares ou celestes contendo arcos solares conhecidos como zodíacos. Na África do Sul, as ruínas de pedra de Blaauboschkraal, também chamadas de Calendário de Adão, datadas de cerca de 75.000 anos, tornaram-se o calendário no qual os dias e semanas eram marcados conforme o movimento do sol se estendia perfeitamente de uma borda a outra, da esquerda para a direita, e depois de volta. O Stonehenge Africano (também conhecido como as pedras dançantes de Namoratunga) no Quênia atual, em Namoratunga, em Kalokol, perto do Lago Turkana (construído por volta de 300 a.C.), era um calendário notavelmente preciso para contar os 12 meses do ano e, ao fazê-lo, ajudava as pessoas a saber quando plantar, quando as chuvas poderiam vir e como se preparar para as várias estações.

Os antigos kemetianos usavam exclusivamente um calendário lunar até adotarem seu calendário solar, que continha 365 dias por ano. Cada ano era composto por três estações de quatro meses, que eram nomeadas após eventos significativos relacionados ao seu estilo de vida agrário. A tribo Dogon usava um conjunto de quatro calendários. Três deles são calendários sacerdotais-funcionais usados por sacerdotes-feiticeiros e chefes tribais: o calendário de Vênus, o calendário solar e o calendário de Sirius. O quarto é o simples calendário lunar, que os agricultores e criadores da tribo usam. O calendário Akan é baseado na lua, intercalado com dias sagrados. O ano antigo compreendia 13 luas de 28 dias cada. O mês Akan é Adaduanan, um ciclo que na realidade é de 42 dias ou seis semanas. Nove Adaduanan compõem um ano, chamado afirihyia ou afe no ahyia, literalmente “o ano passou por um ciclo e se encontrou”.

O Ano do Calendário Africano na Cultura Zulu é dividido em quatro estações: Primavera (Intwasahlobo), Verão (Ihlobo), Outono (Ikwindla) e Inverno (Ubusika). Os meses do ano são todos nomeados após esses eventos que acontecem naquela época específica. O ano na Tradição Zulu começa em agosto e termina em julho.


A astrologia é uma prática ancestral que encontra raízes em diversas culturas ao redor do mundo, mas originalmente essa técnica foi inventada pelos povos africanos. Falo aqui da rica e complexa tradição egípcia africana. Na antiguidade, os egípcios eram profundamente observadores dos céus, e suas crenças astronômicas e astrológicas influenciaram significativamente sua cultura, religião e ciência.

Os egípcios acreditavam que os movimentos dos corpos celestes estavam diretamente ligados aos eventos terrestres e ao destino humano. Essa visão cósmica foi incorporada na vida cotidiana e na espiritualidade dos egípcios, e muitas de suas práticas religiosas envolviam a observação dos céus.

A influência de Thoth, o deus da sabedoria e do conhecimento, era fundamental na astrologia egípcia. Ele era considerado o criador da escrita e da ciência, e suas associações com a lua e os ciclos lunares eram centrais para a compreensão do tempo e das estações. As figuras celestiais eram frequentemente retratadas em hieróglifos e inscritas nos templos, simbolizando a conexão sagrada entre o divino e o cosmos.

Outro elemento crucial na astrologia egípcia era a constelação de Órion, que os egípcios identificavam com Osíris, o deus da ressurreição e do além. As pirâmides de Gizé foram construídas com um alinhamento astronômico preciso, refletindo a crença de que as almas dos faraós ascendiam aos céus para se unir aos deuses.

A deusa Nut, que representava o céu e o cosmos, era vista como a mãe das estrelas. Ela era frequentemente representada arqueando-se sobre a terra, simbolizando a abóbada celeste que abrigava os corpos celestiais. Os sacerdotes-astrônomos, que serviam como intermediários entre os céus e a terra, interpretavam os movimentos dos planetas e estrelas para guiar as ações humanas e os rituais religiosos.

A astrologia egípcia africana não apenas moldou a civilização egípcia, mas também teve uma influência duradoura em outras culturas. Seus conhecimentos astronômicos foram transmitidos para a Grécia e Roma antigas, onde foram assimilados e adaptados, deixando um legado que perdura até hoje.

Em resumo, a astrologia, como concebida pelos povos africanos e refinada pela tradição egípcia, é uma prática que revela a profunda ligação entre a humanidade e o cosmos. As contribuições dos egípcios no campo da astrologia foram fundamentais para o desenvolvimento da ciência e da religião, influenciando gerações subsequentes e mantendo sua relevância ao longo dos séculos.

Fonte: https://www.thecornrow.com/products/african/

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Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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