Eu amo fazer vídeos informativos para vocês. Só que, como muitos de vocês já perceberam, eu também sou o cara da palavra!
Tive essa reflexão poderosa quando estava em Londres, em 2020, depois de uma semana intensa de trabalho em Dublin, onde morei por quase dois anos. E sei que, em breve, estarei de volta para visitar.
Digo isso porque expresso melhor meus pensamentos pelo texto. E também porque, em muitos aspectos, eu quebrei o hábito de ser eu mesmo—ou, melhor dizendo, minha antiga versão limitada, moldada pelo medo do inferno. Falo de 12 anos atrás.
Sou uma pessoa simples, mas as pessoas me acham complexo porque critico tudo: protocolos sociais, costumes, crenças. Aprendi a questionar, a desconfiar. E sempre estou atento quando identifico abutres, cobras peçonhentas e aves de rapina—seres humanos que se aproximam apenas por interesse. Procuro ser gentil com quem realmente quer me conhecer, mas nunca baixo a guarda para aqueles que me chamam de amigo sem terem demonstrado lealdade.
Eu sou perfeito. Não por me sentir superior a ninguém, mas porque sou o resultado de tudo o que superei. Uma obra-prima. Uma pedra rara na Terra.
Cresci em um ambiente religioso onde fui doutrinado a sempre dizer “amém e sim, senhor!”, mas não permaneci ali por muito tempo. A vida, para mim, pode ter seus desafios, mas é fascinante, plural, intensa. Para os niilistas e desesperançosos, ela pode parecer cruel, cheia de desgostos e ilusões. Mas para nós, devotos de Dionísio, ela é vivacidade, prazer, euforia.

Não caio na cilada da felicidade eterna. Vivo cada momento como se fosse o último, porque tudo passa. Tudo deixa de existir e renasce. E você? Como classificaria o momento que está vivendo?
Agora, a pergunta que não quer calar: como quebrar o hábito de ser você mesmo?
Pois bem, eu não tenho uma fórmula secreta, mas vamos lá.
Você é um conjunto de hábitos – e pode mudá-los
Se existe alguém que entende sobre a capacidade de transformação humana, esse alguém é Dr. Joe Dispenza. Em seu best-seller Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo, ele explica, com base na neurociência, que nossos pensamentos e comportamentos criam nossa realidade—e que, ao mudar padrões repetitivos, podemos literalmente nos tornar outra pessoa.
A questão central do livro é: se você continuar pensando os mesmos pensamentos e sentindo as mesmas emoções, sua vida será sempre a mesma.
Parece óbvio, mas não é. A maioria das pessoas acredita que suas personalidades são fixas, que são “assim e pronto”. Mas o que Dr. Joe mostra é que nós somos um conjunto de hábitos mentais e emocionais que podem ser reprogramados.
E para reprogramar, é preciso interromper o piloto automático da mente.
Pensamentos são viciantes – e você precisa dominá-los
A neurociência já provou que nossos pensamentos criam circuitos neurais que se reforçam com o tempo. Quanto mais repetimos um pensamento, mais forte ele fica.
Se você sempre pensa “nunca terei dinheiro suficiente”, seu cérebro reforça essa crença. Se acredita que “relacionamentos são difíceis e dolorosos”, seu subconsciente trabalhará para provar isso.
O problema é que a mente adora previsibilidade. Ela quer manter você no mesmo lugar porque é mais seguro. Mudanças são desconfortáveis.
Mas aqui está o ponto: pensamentos são viciantes. Emoções também.
Se você passou anos se sentindo rejeitado, seu corpo se acostumou a essa química. Se passou a vida com medo do fracasso, sua mente cria situações que confirmem esse medo.
A boa notícia? Você pode quebrar esse ciclo.
O corpo resiste à mudança – mas você é mais forte
Quando você decide mudar, seu corpo luta contra.
Digamos que você sempre teve o hábito de procrastinar. No dia em que decide ser produtivo, seu corpo sentirá preguiça, inquietação, uma vontade absurda de “checar o celular”. Isso acontece porque seu corpo está viciado na química do velho você.
Dr. Joe Dispenza explica que, nesse momento, o corpo tenta puxá-lo de volta ao velho padrão. Seu cérebro começará a enviar sinais como:
• “Isso é muito difícil.”
• “Não adianta tentar, você sempre falha.”
• “Talvez amanhã eu faça.”
Se você der ouvidos, estará reforçando o velho hábito. Mas se persistir, o novo padrão se instala.
A resistência é o teste. Se você superar, estará no caminho da mudança real.
Criando um novo eu: visualização e emoção
Para mudar de verdade, você precisa convencer seu cérebro de que já é essa nova versão.
Isso se faz através de dois pilares: visualização e emoção.
1. Visualize com clareza: Imagine-se como a pessoa que deseja ser. Como você age? O que sente? Como pensa?
2. Sinta essa emoção agora: Seu cérebro não distingue real do imaginado. Se você sentir alegria, sucesso ou confiança, ele começará a moldar sua realidade para refletir isso.
Parece simples, mas é profundo. Você precisa se tornar mentalmente essa nova versão antes que o mundo externo reflita a mudança.
Quebrando a identidade antiga
O maior erro das pessoas é tentar mudar a vida sem mudar a identidade.
Se você diz “quero ser rico”, mas sua identidade é de alguém que sempre luta para pagar as contas, sua mente sabotará qualquer tentativa de prosperidade.
Se diz “quero ser saudável”, mas sua identidade ainda é de alguém preguiçoso, será difícil manter hábitos saudáveis.
Primeiro, você muda sua identidade. Depois, a realidade acompanha.
A vida é um processo de morte e renascimento
A cada dia, temos a chance de nascer de novo. Mas a maioria das pessoas passa a vida inteira sendo a mesma versão.
Se você quer um futuro diferente, precisa começar hoje a ser essa nova pessoa.
E aqui está o segredo: mudar não significa se tornar algo que você não é. Significa se livrar do que nunca foi seu de verdade.
Eu já quebrei o hábito de ser minha versão limitada. E você? Está pronto para fazer o mesmo?
Dica de Livro e Documentário
📖 Livro: Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo, de Dr. Joe Dispenza. Uma leitura essencial para quem deseja mudar sua mentalidade e criar uma nova realidade.
📽 Documentário: Evolve Your Brain – Baseado nos estudos de Joe Dispenza, explora o poder da mente na transformação da vida.