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O retorno do demônio – o Diabo veste verde e amarelo

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O Retorno do Demônio

Nos últimos anos, temos testemunhado o retorno de grupos extremistas ao redor do mundo, incluindo o Brasil. O apoio massivo de líderes religiosos notáveis tem sido uma fonte significativa de legitimação para esses grupos, mesmo quando suas ações são claramente discriminatórias e violam os direitos humanos mais básicos. Nesse contexto, não podemos deixar de criticar aqueles que lideram esses movimentos e apontá-los como o que são: demônios que ameaçam a segurança e a paz de nossas sociedades.

Não há outra palavra para descrever aqueles que promovem discursos de ódio, racismo e xenofobia, e buscam minar as conquistas dos movimentos sociais em favor de minorias historicamente oprimidas. Suas agendas são egoístas, manipuladoras e perigosas.

Infelizmente, a história nos mostra que esses líderes fascistas muitas vezes encontram um terreno fértil entre aqueles que, embora não compartilhem de suas ideologias, se veem atraídos por suas promessas de ordem e segurança. É importante lembrar que o preço dessa falsa sensação de estabilidade é muito alto, e que a paz que esses demônios pregam só pode ser alcançada à custa da liberdade e da dignidade humana.

É impossível negar o envolvimento das mais diversas expressões de cristianismo no Brasil com a política e com o avanço de grupos extremistas e fascistas. Líderes religiosos notáveis, em sua maioria, apoiam e dão suporte a políticos autoritários e demagogos, que promovem discursos de ódio e intolerância, muitas vezes, com uma roupagem nacionalista e religiosa.

A ironia é que esses líderes religiosos pregam a paz, o amor ao próximo, a caridade e a fraternidade, mas, ao mesmo tempo, fecham os olhos para as atitudes violentas, preconceituosas e antidemocráticas dos políticos que eles apoiam. Ainda mais irônico é que muitos desses políticos, que se apresentam como paladinos da moral e dos bons costumes, estão envolvidos em escândalos de corrupção, violência e desrespeito aos direitos humanos.

O diabo, veste-se de verde e amarelo no Brasil de hoje. Isso porque, muitos desses políticos fascistas, que contam com o apoio de líderes religiosos, utilizam as cores da bandeira nacional como um símbolo de sua ideologia nacionalista e autoritária. Essa ideologia, no entanto, é diametralmente oposta aos valores democráticos e humanistas que a bandeira representa.

O fato é que, ao apoiar líderes fascistas e antidemocráticos, esses líderes religiosos traem a própria essência de sua religião, que deveria ser pautada pelo amor, pela paz e pela justiça social. Ao invés disso, eles se deixam seduzir pelo poder e pela influência política, colocando em risco os valores democráticos e os direitos humanos que deveriam ser garantidos a todos os cidadãos.

Matai-vos uns aos outros.

A alienação e a ignorância são temas complexos e multifacetados que têm sido objeto de estudo e reflexão por parte de diversos campos do conhecimento. No entanto, é possível traçar algumas considerações que ajudam a entender esses fenômenos no contexto brasileiro.

Em primeiro lugar, cabe destacar que a educação é um fator determinante na formação crítica e consciente dos indivíduos. No entanto, apesar dos avanços observados nas últimas décadas, ainda há uma série de desafios a serem superados no Brasil, tais como a falta de acesso à educação de qualidade, a precarização das condições de trabalho dos profissionais da educação e a falta de investimento adequado por parte do Estado. Esses fatores acabam por contribuir para a reprodução de um quadro de alienação e ignorância que impede a participação ativa dos cidadãos nos debates políticos e sociais.

Além disso, é importante destacar que a desigualdade social é um dos principais obstáculos ao desenvolvimento de uma sociedade mais informada e engajada. A falta de acesso a serviços básicos como saúde, saneamento e segurança, aliada à concentração de renda nas mãos de poucos, cria um quadro de exclusão social que afeta sobretudo as camadas mais pobres da população. Sem condições mínimas de subsistência, é difícil para essas pessoas se dedicarem a atividades que não estejam diretamente relacionadas à sobrevivência.

Outro fator importante é o papel desempenhado pela mídia na reprodução da alienação e da ignorância. Em muitos casos, a grande mídia brasileira tem se mostrado tendenciosa e parcial na cobertura dos acontecimentos políticos e sociais, privilegiando determinados setores em detrimento de outros. Essa postura acaba por contribuir para a polarização e o sectarismo, dificultando o diálogo e a construção de consensos em torno de temas relevantes.

Outro fator que merece destaque é o papel da mídia na formação da opinião pública. A grande mídia brasileira, em muitos casos, tem se mostrado tendenciosa e pouco comprometida com a pluralidade e a democracia, priorizando os interesses de determinados grupos em detrimento dos demais. Essa postura acaba por reforçar o sectarismo e a polarização política, impedindo o diálogo e a construção de consensos em torno de temas relevantes.

 

 

Wanderson Dutch
Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016). Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo. É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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