Completamente iludidos com a propaganda estadunidense de país civilizado, diversas páginas e pessoas pretas influentes estão comemorando a possível vitória de Kamala Harris contra Trump nas próximas eleições dos EUA, o que eu acho muito difícil de acontecer. As pessoas se esquecem de que os americanos só pensam neles em primeiro lugar, e isso significa dizer que pessoas precisam morrer, isto é, genocídios precisam acontecer, seja na Palestina ou no Continente Africano. EUA, Israel, Reino Unido e França têm fornecido ajuda financeira e militar a Uganda e a Ruanda para invadirem regiões do Congo onde existem reservas de minerais, terras raras, ouro e diamantes em quantidades admiráveis, além de minério de ferro, que é o mais comum na região.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, falou publicamente pela primeira vez, nesta segunda-feira (22/7), após o anúncio da desistência de candidatura à reeleição de Joe Biden. Em evento com atletas norte-americanos, ela fez questão de lembrar o legado e papel do parceiro democrata à frente da administração do país. “Queria falar algumas coisas sobre ele. O legado de Joe Biden, nos últimos três anos, não tem comparação na história moderna. Em um mandato, ele já superou o legado de muitos presidentes que tiveram dois mandatos”, disse a vice-presidente.
Kamala mencionou, também, a honestidade e integridade de Biden. E emendou: “Sou testemunha ocular de que todos os dias o nosso presidente luta pelo povo americano”. Ainda segundo ela, o mandatário dos EUA segue em recuperação da Covid-19 e já está bem.
A vice-presidente é a escolhida de Biden para assumir o posto de candidata à Casa Branca pelo Partido Democrata. Essa posição deve ser confirmada na Convenção, que ocorrerá em agosto. Desde que o nome dela passou a ser mencionado, o novo mote da campanha já foi divulgado (“Let’s Win This”), e o partido teve o maior dia de doações on-line dos últimos quatro anos.
Entretanto, é fundamental reconhecer que as políticas externas dos Estados Unidos frequentemente perpetuam a exploração e o sofrimento de povos ao redor do mundo. Em particular, a contínua intervenção e apoio a regimes e conflitos em países africanos revelam uma agenda de saque e controle dos recursos naturais, resultando em devastação e genocídio. Essas ações refletem uma profunda hipocrisia, contradizendo a imagem de um país que se apresenta como defensor da democracia e dos direitos humanos.
Independente de Quem Seja Eleito nas Próximas Eleições dos EUA, Palestinos e Países Africanos Continuarão Sendo Explorados e Genocidados
A cada ciclo eleitoral nos Estados Unidos, muitos esperam mudanças significativas na política externa do país, alimentados por discursos de campanha e promessas dos candidatos. No entanto, a história recente mostra que, independentemente de quem seja eleito, os padrões de exploração e violência contra povos palestinos e nações africanas permanecem inalterados.
Os Estados Unidos, junto com seus aliados como Israel, Reino Unido e França, têm uma longa trajetória de intervenções militares e econômicas em várias regiões do mundo. Tais intervenções, muitas vezes justificadas em nome da democracia e liberdade, frequentemente resultam na perpetuação de conflitos, exploração de recursos naturais e graves violações dos direitos humanos.
Na Palestina, a ocupação israelense, amplamente apoiada pelos EUA, continua a causar sofrimento e deslocamento massivo da população palestina. As políticas de assentamentos, bloqueios econômicos e ataques militares são frequentemente justificadas como medidas de segurança, enquanto a realidade no terreno revela um cenário de apartheid e violência sistemática.
Na África, a situação é igualmente devastadora. Países como Uganda, Ruanda e Sudão do Sul, com apoio financeiro e militar dos Estados Unidos e seus aliados, invadem e exploram regiões ricas em recursos como o Congo e a República Centro-Africana. Minerais como ouro, diamantes, terras raras e minério de ferro são extraídos à custa de conflitos armados, destruição ambiental e genocídio de populações locais. A Líbia, após a intervenção militar dos EUA e da OTAN em 2011, mergulhou em um caos contínuo, exacerbando a instabilidade regional.
A gestão de Barack Obama, muitas vezes celebrada por sua representatividade, também participou ativamente dessas políticas. Sob sua administração, houve um aumento significativo no uso de drones em ataques que resultaram em numerosas mortes de civis no Oriente Médio e na África. A intervenção na Líbia, promovida como uma medida humanitária, levou ao colapso do governo e a uma crise humanitária que persiste até hoje.
A eleição de líderes como Obama e, potencialmente, Kamala Harris, é frequentemente vista como um símbolo de progresso devido à sua representatividade. No entanto, a presença de indivíduos pertencentes a minorias étnicas e raciais em altos cargos não é suficiente para enfrentar as opressões sistemáticas. A representatividade vazia não aborda as estruturas de poder e as políticas imperialistas que continuam a causar sofrimento global.
Para os povos palestinos e africanos, as eleições nos Estados Unidos representam, na melhor das hipóteses, uma esperança tênue de alguma mudança na retórica, mas raramente na prática. A verdadeira transformação exige uma reavaliação profunda das políticas externas e uma abordagem que coloque os direitos humanos e a justiça social no centro das relações internacionais.
Até que essa mudança estrutural ocorra, a realidade é que a exploração e o genocídio continuarão a marcar a vida de muitos ao redor do mundo, independentemente de quem seja eleito presidente dos Estados Unidos.
Espero que vocês não caiam neste papo furado que os EUA agora fazer sobre Kamala.