Consciência Crística: o estado de presença que transcende os dogmas do cristianismo.

E é nesse silêncio que mora aquilo que os antigos chamaram de Consciência Crística — não como dogma, mas como um campo de despertar.

Muita gente ainda associa essa expressão a Jesus, à Igreja, à teologia cristã tradicional. Mas quando falamos de consciência crística aqui, não estamos falando de religião, de culto, nem de pastor com microfone. Estamos falando de um estado de ser. Um campo vibracional. Uma expansão que acontece quando o ego morre e a alma assume o leme.

O que é a Consciência Crística?

A Consciência Crística é o estado mais elevado de lucidez amorosa que um ser humano pode acessar.

Não é propriedade de nenhuma fé. Não é um “poder” adquirido por mérito espiritual.

É simplesmente lembrar quem se é por trás da ilusão do eu social.

Cristo, nesse sentido, não é nome próprio.

É um código de frequência.

Cristo é a centelha desperta no ser que compreende que não está separado do universo, nem de ninguém. É o ser que não busca mais dominar o outro, converter o outro, convencer o outro — porque entendeu que o outro é ele mesmo em outro estágio de consciência.

Essa percepção não é uma ideia bonita.

É uma transformação radical da forma como se caminha no mundo.

A origem ancestral da Consciência Crística

Muito antes da colonização espiritual que sequestrou os símbolos sagrados do mundo, a ideia de “Cristo” já existia — e não nasceu na Grécia. A palavra Christós, traduzida como “ungido” em grego, é só uma cópia pálida, uma apropriação tardia. A verdadeira origem é africana e kemética. Na sabedoria ancestral do Egito negro (Kemet), a raiz vibracional desse conceito é “Kheru-Seshta”.

“Kheru” significa “voz verdadeira”, “palavra de poder”, e “Seshta” se refere ao domínio dos mistérios sagrados. Ou seja, Kheru-Seshta é aquele ou aquela que manifesta a palavra criadora com maestria espiritual — que une ação e sabedoria em alinhamento com a Maat, a ordem cósmica.

É essa consciência ancestral que mais tarde foi distorcida, renomeada e transformada em “Cristo” — agora embranquecido, eurocentrado, desprovido da profundidade original africana.

Se existiu esse ser chamado Cristo — ou se ele é um arquétipo — ele era essencialmente africano.

Não só pela geografia. Mas porque sua frequência está ligada à sabedoria africana mais antiga do mundo, muito antes da invenção da cruz ou da teologia cristã.

Mas ele mesmo nunca disse: “Adorem a mim”. Ele dizia:

“Vocês farão coisas ainda maiores do que eu.”

Ou seja: vocês também podem acessar esse estado.

Ele apontava o caminho. Nós é que transformamos o dedo dele em um altar.

Consciência Crística não é fé cega. É lucidez vibracional.

É sair do modo de sobrevivência e entrar no modo de criação consciente.

É quando o ser para de reagir automaticamente ao mundo e começa a co-criar a realidade a partir de um centro interno silencioso, lúcido, inabalável.

Não se trata de repetir frases positivas nem de performar espiritualidade.

Trata-se de silenciar a mente até que reste só o que é real.

E o que é real? Amor. Compaixão. Unidade.

Cristo não fundou igrejas.

Cristo fundou um campo de frequência disponível a todo ser que ousa morrer pro ego.

Como se manifesta essa consciência?

  • Na compaixão lúcida: não é pena, é empatia ativa.
  • Na ausência de julgamento: você não tem mais energia pra apontar o dedo.
  • Na humildade real: não há desejo de superioridade, mas uma paz em ser quem se é.
  • Na ação consciente: você age em sintonia com o todo, não por ego ferido ou vaidade.

A Consciência Crística não é boazinha — é firme, amorosa e soberana.

Ela é capaz de amar e também de cortar o que não vibra com a verdade.

Ela sabe dizer “não” sem raiva e “sim” sem medo.

A morte do ego como passagem

Ninguém entra nesse campo carregando a identidade ilusória.

O ego precisa morrer — não o eu essencial, mas o personagem que criamos para sobreviver.

O menino que queria ser aceito.

A menina que queria agradar.

O adulto que quer provar algo o tempo todo.

Esse personagem precisa ser visto, acolhido e dissolvido.

Só então a Consciência Crística floresce.

E isso não acontece num dia.

Acontece em ciclos.

A cada vez que você escolhe o amor em vez da vingança.

A cada vez que você silencia em vez de reagir.

A cada vez que você olha pra alguém e vê a si mesmo ali.

Jesus foi símbolo, não exceção

Jesus foi o espelho do que somos capazes de acessar quando abandonamos a ilusão da separação.

Ele representou esse campo.

Mas todos os grandes mestres acessaram a Consciência Crística — mesmo sem usar esse nome.

  • Buda.
  • Paramahansa Yogananda
  • Krishna.
  • Vizir Ptahotep
  • Lao Tsé.
  • Jiddu Krishnamurti
  • Oxalá.
  • Amenemope
  • Nisargadatta Maharaj
  • Imhotep
  • E tantos outros seres da Terra e de outras dimensões.

Eles tocaram esse campo e o tornaram acessível.

Cada um no seu idioma. Cada um com sua cultura.

Despertar a consciência crística é um chamado coletivo

Esse tempo que estamos vivendo é uma janela.

Estamos sendo pressionados por fora — guerras, colapsos, crises — para olharmos pra dentro.

O mundo externo está desmoronando porque a consciência antiga está sendo substituída.

A pergunta não é mais “Qual é sua religião?”

É: “Você está consciente? Ou está apenas reagindo?”

A Consciência Crística nos convida a uma nova forma de viver:

  • Respirando com presença.
  • Comendo com gratidão.
  • Olhando nos olhos.
  • Dizendo “não sei” com humildade.
  • E ouvindo o próprio corpo como tecnologia divina.

Fé sem dogma: o novo caminho espiritual

O sagrado está se libertando dos templos.

Está voltando para onde sempre esteve: dentro do ser.

E isso assusta. Porque quando o templo é interno, não dá mais pra terceirizar a fé.

Você não culpa Deus. Não espera o milagre.

Você reconhece que é o milagre — e que tudo começa em você.

É por isso que tantos estão despertando agora.

Não para uma nova religião, mas para uma nova frequência.

A Consciência Crística é o fim do culto e o começo da comunhão real com a vida.

É quando você caminha na rua como um cometa em carne,

sabendo que o universo respira junto com você.

Como acessar esse estado? É uma longa jornada!

Não tem passo a passo exato.

Mas há chaves:

  • Silêncio diário (nem que seja por 5 minutos)
  • Respiração consciente
  • Desapego do personagem
  • Abertura para desaprender
  • Coragem para olhar as próprias sombras
  • Prática de compaixão por si e pelos outros
  • Vibração do perdão (inclusive de si mesmo)

E o mais importante: não tentar performar espiritualidade.

O campo crístico se ativa quando você é verdadeiro consigo. Mesmo quando está perdido.

Uma frase para encerrar (ou começar)

“O reino de Deus está dentro de vós.”

– Yeshua, também conhecido como Jesus.

Essa frase, esvaziada por séculos de distorções, carrega tudo.

A Consciência Crística não está no céu. Está no agora.

Está quando você para de fugir de si.

E se permite habitar o silêncio como quem volta pra casa.

Se quiser, posso agora gerar uma imagem horizontal que represente visualmente esse campo crístico sem religiosidade — algo sutil, vibracional e simbólico. Quer que eu crie?

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

apoia.se