A manipulação do pensando coletivo é uma prática que tem sido utilizada ao longo da história para influenciar as massas a agir de acordo com os interesses de um grupo específico que detêm as forças de produção econômica. No entanto, com o advento das redes sociais, o controle das narrativas ideológicas atingiu um novo patamar de sofisticação e efetividade.
Ao contrário do que muitos pensam, a manipulação da sociedade não é uma atividade recente. Na verdade, ela remonta à antiguidade, quando líderes religiosos e políticos usavam a retórica para persuadir as massas a segui-los. Desde então, esse tipo de prática de dominação social tem evoluído constantemente, utilizando cada vez mais recursos e técnicas sofisticadas para influenciar o comportamento coletivo.
A era da internet e das redes sociais proporcionou às elites políticas e empresariais novas ferramentas para controlar a opinião pública. As plataformas digitais são hoje uma das principais formas de comunicação e interação social, e, por isso, são um espaço privilegiado para o exercício da manipulação em massa.
Um exemplo recente disso é a forma como a extrema direita brasileira tem utilizado as redes sociais para disseminar sua ideologia. Por meio de uma retórica moralista, baseada na religião e em discursos vazios, como “Deus acima de tudo”, essa corrente política tem conseguido manipular grande parte da população.
A estratégia utilizada pelos extremistas religiosos é baseada na criação de uma narrativa que apela para os valores e crenças dos brasileiros. Essa narrativa é construída por meio da seleção cuidadosa de informações e discursos que reforçam a visão de mundo desse grupo político. A partir daí, a mensagem é disseminada em massa pelas redes sociais, utilizando-se técnicas de marketing digital e propaganda política.
Além disso, a extrema direita brasileira tem utilizado as redes sociais para disseminar fake news, ou notícias falsas, que têm como objetivo confundir e desinformar a população. Esse tipo de estratégia tem se mostrado eficaz para manipular as massas, uma vez que muitas pessoas acreditam em tudo o que leem na internet.
Diante desse cenário, é fundamental que as pessoas estejam atentas aos discursos políticos e às informações que circulam pelas redes sociais. É preciso questionar a veracidade das informações, buscar fontes confiáveis e não se deixar levar por discursos que apelam para as emoções e os valores pessoais. Só assim é possível evitar a manipulação em massa e preservar a liberdade de pensamento e a democracia.
Note o seguinte:
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças que são decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais na área da ciência, economia, psicologia, neurobiologia ou cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas Silenciosas para Guerras Tranquilas’).
É regra: Criar problemas e depois oferecer soluções.
Este método também se denomina “Problema-Reação-Solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que seja este quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja quem demande leis de segurança e políticas de cerceamento da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer com que aceitem como males necessários o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos. Eles fazem isso aqui com maestria.
Por outro lado, a utilização do registro emocional pode abrir portas de acesso ao inconsciente para implantar com mais facilidade ideias, desejos, medos e temores, compulsão ou induzir comportamentos.
Promover a crença do público de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto. Introduzir a ideia de que quem argumenta demais e pensa demais é chato e mau humorado.
Assim as pessoas vivem superficialmente, sem se aprofundar em nada e sempre têm uma piadinha para se safar do aprofundamento necessário a questões maiores. Constatamos isso facilmente no comportamento do brasileiro e nas representações midiáticas das periferias como um lugar em que as pessoas vivem “alegremente” a despeito da pobreza e exclusão social.

A linguagem do sistema monetário está profundamente sujeita à interpretação e à desigualdade ambiental que ele próprio perpetua. Em um mundo onde os Estados Unidos exercem um domínio global sobre economias e narrativas, esse sistema não apenas promove a desigualdade, mas também molda comportamentos que justificam sua existência. Se os genes podem predispor certos comportamentos, o sistema de justiça atual torna-se ineficaz ao ignorar o papel do ambiente como fator determinante. A desigualdade econômica, fomentada pela escassez de recursos e pela exploração internacional, é a raiz da maioria das injustiças. Por que existem injustiças? Porque o ambiente criado por sistemas de poder – como o dos EUA – gera desigualdades estruturais e classes sociais distantes, impossibilitando uma justiça verdadeira.
Os EUA, como potência imperialista, não apenas dominam economias globais, mas também controlam a narrativa de escassez, usando-a como ferramenta de manipulação para manter seu domínio sobre massas e recursos. O sistema monetário, longe de promover igualdade, reforça a ideia de que diferenças de classe são naturais e aceitáveis. No entanto, a verdade é que esse sistema é uma construção que perpetua a escassez artificialmente, beneficiando elites enquanto mantém as massas ocupadas em resolver problemas criados por ele.
Leis e sistemas de justiça só são necessários em um mundo desigual e carente de educação verdadeira. Quando o ambiente é injusto, comportamentos violentos ou egoístas são apenas respostas naturais a condições impostas. Uma humanidade organizada de forma progressiva e inteligente, que priorize educação e abundância, poderia eliminar esses comportamentos. Com abundância de recursos, ninguém precisaria roubar, matar ou competir por bens. O sistema atual, porém, incentiva exatamente o oposto: inveja, egoísmo e divisão.
O sistema monetário, liderado e moldado pelo domínio dos EUA, não pode criar igualdade. Ele opera na manutenção de desequilíbrios, tanto locais quanto globais. Por isso, a solução está na educação das pessoas para compreenderem a realidade, questionarem o sistema e buscarem soluções coletivas. Ensinar crianças a debater, resolver problemas e se comunicar de forma eficaz é tão essencial quanto criar um ambiente igual para todos. Somente assim, o peso dos genes violentos, que muitos insistem em apontar como a raiz dos problemas, seria irrelevante, pois o ambiente não os acionaria.
Leis poderiam ser substituídas por educação e abundância. Mas enquanto o sistema monetário persistir, não será possível alcançar essa visão. E enquanto os EUA usarem sua hegemonia econômica e cultural para perpetuar desigualdades globais, a verdadeira justiça será apenas uma ideia ilusória, aceita, mas nunca realizada.
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