O título deste breve artigo é uma referência clara ao que Nietzsche escreveu em seu poderoso e polêmico livro “Genealogia da Moral” : “Há tantas coisas no homem que infundem espanto! A terra tem sido há muito tempo um asilo de dementes.”
Uma decisão difícil: evitar os supérfluos e fazer da solidão uma sinfonia agradável de se ouvir.
A terra está cheia de pessoas vazias, descartáveis, insignificantes, desnecessárias, pomposamente fúteis.
“Nossa, que horror você olhar assim para a vida, para as pessoas, julgar a sociedade como uma coisa ruim…”
Também acho isso horrível…
Péssimo pra dizer a verdade.
No entanto, é a realidade. Durante séculos o mundo vem sendo um asilo de dementes, como diria Nietzsche.
Ao constatar essa triste realidade, que é a realidade de uma sociedade decadente e líquida, eu olho para a minha vida de maneira mais crítica, isto é, começo a fazer perguntas do tipo: quem sou eu de verdade? Será que eu também não sou um cadáver criticando outros cadáveres? O que me coloca distante da cidade dos abutres? Como posso saber se eu não sou um putrefato em decomposição? Um verme que come as migalhas na mesa da hipocrisia social?
Que lástima esses questionamentos!
Entretanto, eles são importantes para não continuarmos na mesmice dos dias cinzentos e sem luz.
É necessário constatar a realidade da tragédia humana para buscarmos um reencontro com a beleza da existência. Um retorno à natureza.
A jornada filosófica é um caminho sem volta, principalmente quando decidimos mergulhar nas profundezas do nosso ser.
Esse mergulho permite desenvolvermos horror a hipocrisia e tudo aquilo que é baixo.
E o que é baixo e pequeno em nós?
Ah, esse é um processo investigativo intensivamente pessoal, somente você tem a resposta necessária para tuas aflições.
O processo de autoconhecimento é um processo de desconstrução e enfrentamento contra os mecanismos de defesa que não defendem nada.
É preciso ter coragem para enfrentar os próprios demônios e tornar-se seu melhor amigo!
Não é fácil, mas te aseguro que os resultados são incríveis.
Eu não seria o que sou hoje se um dia não tivesse entrado no túnel dos meus maiores medos.
Ouse sair da superfície da mediocridade e mergulhar mais fundo!
Texto: @wanderson_dutch