Tudo é linguagem. Até o sintoma.
Principalmente o sintoma.
Tudo começou de forma silenciosa. Eu percebi alguns sinais do meu corpo. Sinais sutis, mas insistentes. Entre eles, episódios de sangramentos durante as necessidades fisiológicas. Em outro tempo, talvez eu ignorasse. Talvez até buscasse explicações apressadas, ou tentasse abafar a dor com distrações. Mas hoje, depois de dois ciclos intensos de ancoramento espiritual — sete dias cada um, de meditação profunda, silêncio e realinhamento vibracional —, eu já não trato os sintomas como ruído. Eu os recebo como linguagem.
Durante esses dias de introspecção, me lembrei dos ensinamentos de Deepak Chopra. Ele afirma que o corpo físico é, na verdade, apenas uma projeção momentânea de um campo invisível, um campo quântico feito de energia, consciência e informação. Não somos carne isolada — somos vibração em movimento. O corpo, quando adoece, não está nos traindo. Ele está se expressando. Está pedindo reconexão. E foi exatamente isso que eu fiz: me reconectei.
Suspendi minha produção pública de conteúdo, reduzi o barulho externo e me recolhi — como os animais fazem quando estão feridos. Eu os observei. Eles não procuram distrações, não fingem que está tudo bem. Eles apenas se deitam. Recolhem energia. E confiam. Inspirado nisso, fiz o mesmo. Iniciei um processo de realinhamento alimentar intuitivo, ouvindo meu corpo com honestidade e respeitando seus tempos. E algo extraordinário aconteceu: a leveza voltou.
No terceiro dia, já não havia peso, nem fisicamente nem emocionalmente. Meu humor estava limpo, a mente clara, o corpo descansado. Senti a leveza como linguagem. Como se tudo em mim dissesse: “Agora sim, estamos juntos novamente”. Essa experiência de apenas três dias foi um reencontro com a inteligência do corpo — um reencontro que mudou não só minha alimentação, mas minha frequência inteira.
Jejum não é ausência. É escuta.
Um dos primeiros passos que tomei foi permitir ao meu corpo um espaço vazio. Sem excessos. Sem pressa. Comecei a praticar o jejum — não por obrigação, mas por afinidade vibracional. Ouvi de um médico algo que já fazia sentido pra mim: comer de três em três horas pode ser um condicionamento cultural mais do que uma necessidade real. O jejum, quando feito com escuta e intenção, é um presente ao corpo.
Durante esse processo, meu café da manhã foi empurrado naturalmente para o meio-dia. E acredite: isso não me deixou fraco. Me deixou lúcido. Eu me alimentei com suavidade, com leveza — bolo de amêndoas sem glúten, frutas frescas, café descafeinado sem açúcar, sem leite. Nada agressivo. Nada invasivo. A alimentação virou ritual de presença, não uma repetição automática.
Deepak Chopra e o corpo quântico
Chopra ensina que nosso corpo se renova constantemente. Em poucos meses, todas as células do nosso fígado são outras. Nosso intestino, nossa pele, nosso sangue — tudo se regenera. E ainda assim, persistimos em doenças crônicas, dores antigas e desconfortos repetitivos. Por quê? Porque a doença não está no corpo — está no padrão vibracional que ainda mantemos ativo.
É por isso que uma mudança alimentar precisa ser mais do que trocar pão branco por integral. Ela precisa vir da consciência. Precisa ser uma escuta. Comer menos, neste caso, foi uma forma de honrar essa inteligência celular. Foi um gesto espiritual, não estético. Uma afirmação de que eu confio que meu corpo sabe o caminho da cura, desde que eu não o atrapalhe.
A cura mora no silêncio
Durante esse processo, uma das práticas mais transformadoras foi o silêncio. Não apenas o silêncio sonoro, mas o silêncio vibracional — aquele que vem quando você não está mais tentando se explicar, se defender, se justificar. O silêncio onde o corpo consegue operar sem interferência, sem cobrança, sem disputa.
Foi ali, nessa ausência de ruído, que percebi a leveza se instalar. Me senti mais verdadeiro. Menos agitado. Mais inteiro. Comer menos, nesse caso, foi só a ponta visível de um processo mais profundo: viver com mais intenção. Cada escolha alimentar passou a carregar sentido. Cada gole, cada garfada, cada pausa entre uma refeição e outra virou parte de uma dança entre mente, corpo e espírito.
Não se trata de seguir uma moda. Não se trata de controle. Se trata de realinhamento. O corpo não é inimigo. A doença não é castigo. O sintoma não é o problema — é a chave. Quando você começa a escutar com o corpo e não só com a mente, tudo muda.
Hoje, três dias depois de iniciar esse processo, posso dizer: não é exagero afirmar que comer menos me fez viver mais. Com mais espaço interno. Com mais silêncio. Com mais reverência à inteligência que habita cada célula minha.
E essa inteligência, agora, sorri comigo.