O evento raro mais importante de 2025: o alinhamento planetário e a conexão com a sabedoria ancestral

Desde tempos imemoriais, a humanidade observa o céu noturno como um mapa de sabedoria, mistério e orientação. É importante lembrar que a África foi o berço das primeiras observações astronômicas. Entre os povos que desvendaram os segredos do universo, os Dogon, uma antiga civilização africana localizada na atual Mali, se destacam pela profundidade de seus conhecimentos. Com um legado oral transmitido por gerações, eles possuíam informações precisas sobre sistemas estelares como Sirius A e Sirius B, muito antes de a ciência ocidental ter instrumentos para confirmar suas observações. Essa sabedoria fascinante nos lembra que os primeiros astrônomos surgiram em África, moldando a forma como compreendemos o cosmos até hoje.

Os Dogon nos ensinam que o universo é mais do que um conjunto de corpos celestes; é um reflexo da conexão entre o ser humano e o divino. Essa herança ancestral nos convida a olhar para eventos astronômicos raros com reverência e curiosidade, como o alinhamento planetário que ocorrerá em 2025.

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Um evento raro nos céus de 2025

No dia 28 de fevereiro de 2025, o céu noturno será palco de um raro fenômeno astronômico: sete planetas do Sistema Solar — Saturno, Mercúrio, Netuno, Vênus, Urano, Júpiter e Marte — estarão visíveis simultaneamente. Esse evento, conhecido como um grande alinhamento planetário, oferece uma oportunidade única para observar os corpos celestes que compartilham o nosso sistema. Antes disso, em 21 de janeiro de 2025, seis planetas também estarão alinhados — a exceção será Mercúrio.

 

Embora alinhamentos planetários não sejam completamente incomuns, reunir sete planetas em um mesmo momento no céu é um fenômeno excepcional. Alinhamentos como esse ocorrem porque os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol em um plano chamado eclíptica. Apesar de suas órbitas serem ligeiramente inclinadas, suas posições podem coincidir do ponto de vista da Terra, criando a impressão de um alinhamento linear no céu.

Essa proximidade aparente no firmamento nos lembra que, embora os planetas estejam separados por bilhões de quilômetros, eles compartilham um mesmo plano orbital. É como sulcos em um disco que, em certos momentos, parecem formar padrões harmoniosos — um reflexo do movimento natural e da dança celeste que nos conecta a algo muito maior.

Como observar o alinhamento

A observação desse fenômeno dependerá de fatores como localização geográfica, horário e condições climáticas. Algumas dicas para aproveitar o evento incluem:

•Escolher locais com baixa poluição luminosa, como áreas afastadas das cidades.

•Utilizar binóculos ou telescópios para uma visualização mais detalhada, especialmente para planetas como Netuno e Urano, que são menos visíveis a olho nu.

•Aplicativos como Stellarium e Sky Tonight podem ajudar a localizar os planetas em tempo real, usando GPS para mostrar suas posições no céu.

Além disso, consultar tabelas astronômicas, como o site Hora e Data, pode ser útil para planejar a melhor hora e direção para observar o alinhamento.

Uma conexão entre o passado e o presente

O alinhamento planetário de 2025 não é apenas um evento astronômico; é um convite para refletirmos sobre nosso lugar no cosmos e honrarmos o legado dos povos africanos que primeiro olharam para o céu e decifraram seus segredos. Assim como os Dogon nos mostram que o universo é uma manifestação de energia e equilíbrio, esse evento nos inspira a buscar conexão, sabedoria e harmonia.

Enquanto nos preparamos para observar esse fenômeno raro, é importante lembrar que cada planeta que veremos já foi testemunhado por nossos ancestrais, que interpretaram esses movimentos como mensagens divinas e ecológicas. Que este evento celeste seja não apenas uma oportunidade de aprendizado científico, mas também um momento para nos reconectarmos com nossa ancestralidade e com a sabedoria atemporal que ela nos oferece.

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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