A libertação da mente: reconectando-se à sabedoria original e ao poder da autocura

O primeiro passo para a verdadeira sabedoria é conhecer a si mesmo. É somente nesse mergulho profundo no interior que se pode começar a compreender o que já foi aprendido e o que ainda resta desvendar sobre quem você é, sobre o seu propósito, sobre as energias que te movem, sobre o ambiente que te cerca, e, sobretudo, sobre a sua AGWỤ.

A Agwụ, na tradição Igbo, é mais do que apenas uma essência; é a sua conexão com o divino, com os ancestrais e com o destino que você escolheu carregar nesta existência. Conhecer a sua Agwụ é conhecer a sua origem e o seu futuro, entendendo que a sua identidade não é fragmentada, mas um fio contínuo que liga você às forças cósmicas e à ancestralidade. Assim, o caminho para a sabedoria não é linear, mas um círculo que conecta o passado, o presente e o futuro em uma dança eterna.

Refletir sobre quem somos como indivíduos e como povo é um ato revolucionário em um mundo que historicamente tentou apagar nossas histórias, nossas raízes, nossas conquistas. Conhecer a si mesmo é resgatar o que foi tirado, é relembrar os reis e rainhas que vieram antes de nós, é honrar a luta dos nossos ancestrais e reivindicar a grandiosidade que sempre nos pertenceu.

Essa sabedoria não se resume a títulos, riqueza ou conquistas externas, mas à compreensão do próprio espírito. Ao olhar para dentro, encontramos as respostas que o mundo externo insiste em mascarar. O autoconhecimento nos empodera a manifestar, a criar, a curar e a viver em alinhamento com a verdade de quem somos.

Dr. Robbin Alston

Dra. Alston, curandeira, psicóloga, yogini, educadora e autora, com uma formação notável que inclui um bacharelado em psicologia pela La Salle University, além de um mestrado em educação e doutorado em psicologia pela Temple University, nos lembra que a chave para nossa autocura não reside nas aparências externas – como o nome que carregamos, o dinheiro que acumulamos, os grupos a que pertencemos ou até mesmo o idioma que falamos. A verdadeira transformação está em nossa mente. É ali que os jogos mentais têm sido habilmente orquestrados ao longo do tempo, utilizando como ferramentas a política, a religião e, principalmente, a educação.

Adotamos, ao longo da história, uma mente condicionada, onde as nuvens obscurecem o céu, onde os livros estão presentes, mas o aprendizado verdadeiro está ausente; uma mente que confunde a presença de médicos com o acesso à cura. Esse modelo mental, muitas vezes descrito como uma mente ocidental, foi projetado para nos desconectar de nossa essência, reduzindo nossa energia fundamental à estagnação.

Dra. Alston nos convida a nos reconectar com nossa mente original – aquela que transcende as narrativas coloniais e a mentalidade de vítimas, frequentemente imposta por uma história contada de forma parcial, que negligencia a força e a sabedoria inerentes à nossa ancestralidade. Essa mente original é a base de nossa energia vital, e, até que a reivindiquemos, permaneceremos aprisionados em ciclos de exploração mental e alienação espiritual.

Libertar nossas mentes exige um processo de renascimento, uma jornada de autocura profunda que nos permita remover as toxinas acumuladas pela opressão histórica e purificar a degradação que nos foi imposta. Este renascimento não é apenas uma limpeza simbólica, mas um ato de poder: o reconhecimento de que possuímos, dentro de nós, a capacidade inata de nos curar e de transformar nossas experiências de dor em fontes de iluminação e força.

Ao empreendermos esse caminho, reinterpretamos nossa identidade, saindo do papel de vítimas e assumindo o lugar de indivíduos centrados e conscientes. A autocura torna-se não apenas uma prática pessoal, mas um movimento coletivo, capaz de impactar gerações, rompendo os ciclos de exploração mental que nos limitam.

Dra. Alston nos desafia a perguntar: Estamos dispostos a nos libertar? Pois a libertação da mente não é apenas um direito – é um ato de soberania, um retorno à nossa essência divina e à sabedoria ancestral. Libertar nossas mentes é reconhecer que, ao purificar nosso interior, abrimos as portas para um futuro onde a cura e a abundância deixam de ser sonhos e tornam-se realidades tangíveis.

Sugestão de documentário.

Minimalism (link completo clica qui aqui.

 

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

apoia.se