7 Reis africanos poderosos que foram importantes na história e que provavelmente você nunca ouviu falar.

A história da África é um tesouro inestimável, repleta de figuras notáveis que desempenharam papéis cruciais na evolução do continente e do mundo. Infelizmente, muitos desses líderes e monarcas não recebem o reconhecimento merecido.

Hoje, vamos desvendar a história de sete reis africanos poderosos que tiveram impactos significativos, mas que muitas vezes são esquecidos.

1. Shaka Zulu (1787-1828), Zulu – África do Sul:

Shaka Zulu é amplamente reconhecido como o fundador do Império Zulu e um estrategista militar genial. Sua inovação nas táticas de guerra teve um impacto duradouro na região, unindo várias tribos zulus em um poderoso império.

2. Mansa Musa (1280-1337), Mali:

Mansa Musa, o imperador do Império Mali, é amplamente considerado como uma das pessoas mais ricas da história. Sua peregrinação a Meca em 1324 trouxe consigo uma grande quantidade de ouro, que causou um impacto econômico notável na região e até mesmo na Europa.

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3. Sundiata Keita (1217-1255), Mali:

Sundiata Keita, conhecido como o “Leão da África”, foi o fundador do Império Mali. Sua visão e liderança foram fundamentais para a formação de um dos impérios mais poderosos da história africana.

4. Haile Selassie I (1892-1975), Etiópia:


Foi o último imperador da Etiópia e um símbolo importante do movimento Rastafári. Sua resistência contra a invasão italiana em 1935 e seu papel na promoção da independência africana o tornam uma figura histórica de destaque.

Haile Selassie I, cujo nome significa “Poder da Trindade”, é uma figura cuja importância na história transcende fronteiras e culturas. Como o último imperador da Etiópia, seu reinado abrangeu um período de grande tumulto global, e seu papel na história é multifacetado e de importância imensurável.

Nascido em 1892, Haile Selassie foi coroado imperador da Etiópia em 1930, em um momento em que o mundo enfrentava mudanças profundas. Durante seu reinado, ele liderou esforços para modernizar a Etiópia e expandir suas relações internacionais, buscando estabelecer sua nação como um ator significativo no cenário global.

No entanto, o momento mais emblemático de Haile Selassie foi sua resistência heróica à invasão italiana em 1935 durante a Segunda Guerra Ítalo-Etíope. Seu discurso emocional perante a Liga das Nações em 1936, denunciando a agressão italiana e clamando por justiça, ecoou em todo o mundo e o tornou um símbolo de resistência contra o colonialismo e a opressão.

Além de sua atuação internacional, Haile Selassie também é uma figura central no movimento Rastafári. Muitos Rastafáris consideram-no uma manifestação divina e acreditam que ele é o verdadeiro Messias. Essa crença elevou sua figura a um status espiritual e cultural único, influenciando a música, a arte e a cultura em todo o mundo.

Embora tenha sido deposto durante a Revolução Etíope de 1974, o legado de Haile Selassie I persiste. Sua importância histórica reside não apenas em suas contribuições para a modernização e resistência de seu país, mas também em sua capacidade de inspirar movimentos de resistência e liberdade em todo o mundo. Haile Selassie I é uma figura que transcende sua era e continua a ser lembrada como um ícone de justiça, dignidade e esperança.

5. Queen Nzinga (1583-1663), Ndongo e Matamba – Angola:

Queen Nzinga foi uma líder formidável que resistiu à invasão portuguesa e defendeu a independência de seu povo em Angola. Sua diplomacia habilidosa e estratégias militares marcaram uma era de resistência contra o colonialismo.

Queen Nzinga, também conhecida como Rainha Ana de Sousa, é uma figura proeminente na história de Angola e uma líder cujo legado perdura como um símbolo de resistência e determinação. Vinda de um povo Ndongo, ela governou durante um período crítico da história africana, quando potências europeias como Portugal buscavam expandir seu domínio colonial.

Nascida em torno de 1583, Nzinga emergiu como uma líder formidável desde cedo, lutando contra a expansão portuguesa em seu território. Ela resistiu valentemente contra as forças coloniais e se destacou por sua astúcia política e estratégias militares. Através de alianças estratégicas com outros grupos étnicos e nações vizinhas, ela conseguiu desafiar o domínio português.

Um dos momentos mais icônicos de Nzinga foi sua participação nas negociações de paz com os portugueses em 1656. Ela apareceu na conferência com autoridade, sentando-se em um trono igual ao do representante português e se recusando a se curvar diante dele, reivindicando um status igual. Essa postura corajosa a tornou uma figura lendária e um símbolo de resistência contra o colonialismo europeu.

Além de sua habilidade política e militar, Nzinga também é lembrada por promover a igualdade de gênero em sua sociedade. Ela nomeou mulheres para cargos de liderança e incentivou a participação ativa das mulheres nas atividades econômicas e políticas.

A Rainha Nzinga deixou um legado duradouro como um ícone da luta contra a opressão colonial e um símbolo da força e determinação da África. Sua história continua a inspirar e recordar ao mundo a resiliência e a coragem dos povos africanos em face das adversidades históricas. Ela é uma lembrança viva de que as mulheres africanas desempenharam papéis fundamentais na defesa de suas nações e na promoção da igualdade.

6 Askia Muhammad I: O Grande Governante do Império Songhai

Askia Muhammad I, também conhecido como Askia o Grande, é uma figura proeminente na história africana e um líder cujo governo teve um impacto profundo no Império Songhai. Sua ascensão ao poder e suas realizações marcaram uma era de grandeza na região da África Ocidental.

Askia Muhammad I nasceu por volta de 1443 e se destacou como uma figura carismática e habilidosa desde cedo. Ele foi fundamental na queda do governante anterior, Sunni Ali Ber, e ascendeu ao trono em 1493. Seu reinado foi caracterizado por uma governança eficaz e uma série de reformas significativas que transformaram o Império Songhai.

Uma das reformas mais notáveis introduzidas por Askia Muhammad I foi a promoção do islamismo como religião oficial do Império Songhai. Ele empreendeu uma peregrinação à cidade sagrada de Meca, consolidando ainda mais seu papel como líder islâmico. Essa mudança religiosa teve um impacto duradouro na cultura e na sociedade da região.

Além disso, Askia Muhammad I estabeleceu uma administração centralizada, nomeando governadores provinciais e desenvolvendo uma rede eficaz de comunicação e tributação. Essas medidas fortaleceram o governo central e contribuíram para a estabilidade do império.

Askia Muhammad I também é lembrado por seu apoio à educação e à cultura. Ele promoveu a disseminação do conhecimento islâmico e a construção de escolas e mesquitas em todo o império, contribuindo para a preservação da história e da sabedoria africana.

Sob o governo de Askia Muhammad I, o Império Songhai atingiu seu auge, tornando-se um dos maiores impérios da história africana. Sua liderança visionária, reformas inovadoras e apoio à educação e à cultura deixaram um legado duradouro que é lembrado como um período de grandeza na África Ocidental. Askia Muhammad I é uma figura que continua a inspirar e a ser admirada por sua contribuição significativa para a história africana.

7. Osei Tutu (c. 1660-1717), Império Ashanti – Gana:

Osei Tutu, o fundador do Império Ashanti, unificou várias tribos e criou um império centralizado que durou por séculos. Sua visão de unidade e liderança política o tornam uma figura histórica de grande importância.

Sem dúvidas, é uma figura de destaque na história da África Ocidental e é reverenciado como o fundador do Império Ashanti, uma das civilizações mais poderosas da região. Sua liderança visionária e suas contribuições significativas desempenharam um papel crucial na formação e expansão deste império icônico.

Osei Tutu nasceu por volta de 1660 na região que hoje é Gana. Ele emergiu como um líder notável na luta contra a supremacia do Império Denkyira. Em uma jogada estratégica, ele buscou a aliança com o líder espiritual Okomfo Anokye, cujos poderes místicos alegadamente garantiram a invulnerabilidade ao povo Ashanti. Juntos, Osei Tutu e Okomfo Anokye lideraram uma campanha bem-sucedida para derrotar o Império Denkyira, estabelecendo assim a base para o Império Ashanti.

Sob o governo de Osei Tutu, o Império Ashanti prosperou. Ele instituiu uma administração centralizada e eficiente, fortalecendo o governo central e assegurando a coesão do império. Seus esforços também contribuíram para a promoção da unidade entre as várias tribos e grupos étnicos que compunham o império, criando uma identidade Ashanti unificada.

Esses sete reis africanos, entre muitos outros, desempenharam papéis vitais na história e na cultura africanas. É importante reconhecer suas contribuições e lembrar que a história africana é rica e complexa, com muitas histórias incríveis ainda a serem descobertas.

 

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Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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