Wagner Moura vai interpretar Paulo Freire em um cinebiografia sobre o educador brasileiro, o nosso grande Patrono da Educação Brasileira, o longa intitulado “Angicos” teve o roteiro finalizado. A informação é da Folha de S. Paulo.
O cinebiografia “Angicos”, que será protagonizado por Wagner Moura, traz uma importante homenagem ao educador brasileiro Paulo Freire, conhecido como o Patrono da Educação Brasileira. O filme retrata o momento em que Freire aplicou seu inovador método de ensino em Angicos, no Rio Grande do Norte, alfabetizando centenas de pessoas em tempo recorde.
É gratificante saber que a família do pedagogo e o Instituto Paulo Freire estão envolvidos na consultoria do filme, garantindo a precisão dos detalhes e fatos. No entanto, é importante destacar que, apesar da importância mundial de Freire, sua obra e legado têm sido sistematicamente demonizados pela extrema direita no Brasil.
Paulo Freire é considerado um dos maiores educadores do mundo, sendo um nome fundamental para a pedagogia crítica e para a educação popular. Nascido em Recife, em 1921, Freire desenvolveu sua obra em um contexto de transformações sociais e políticas no Brasil e no mundo.
Sua obra mais conhecida, “Pedagogia do Oprimido”, publicada em 1968, é considerada um marco na história da educação, propondo uma abordagem revolucionária ao ensino, que valoriza a experiência e a sabedoria dos alunos, promovendo a conscientização crítica e a emancipação.
O método de alfabetização criado por Freire, baseado na leitura crítica da realidade, também é amplamente reconhecido e utilizado em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento.
Além disso, Freire também contribuiu para a construção de políticas públicas educacionais no Brasil e em outros países, como Moçambique, onde atuou como consultor do governo na década de 1970.
Sua obra e legado são admirados e estudados em diversas partes do mundo, sendo objeto de inúmeras teses, dissertações e artigos científicos. Ainda assim, é importante destacar que, apesar da grande relevância de sua obra, Paulo Freire também tem sido alvo de críticas e ataques por grupos conservadores e de direita, que acusam sua pedagogia de ser ideológica e doutrinária.
Quando a ditadura militar expulsou Paulo Freire do Brasil.
Paulo Freire foi expulso do Brasil em 1964, logo após o golpe militar que instaurou a ditadura no país. Na época, Freire era diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e desenvolvia um trabalho de alfabetização popular com camponeses e trabalhadores rurais no Nordeste do país.
A obra de Freire e seu compromisso com a transformação social incomodavam os militares, que viam na educação popular uma ameaça à ordem estabelecida. Como resultado, Freire foi preso e depois exilado, passando mais de 15 anos fora do país.
Durante seu exílio, Freire desenvolveu sua obra e sua pedagogia em países como Chile, Estados Unidos e Suíça, onde atuou como professor e consultor de organismos internacionais.
Sua volta ao Brasil só aconteceu em 1979, após a promulgação da Lei da Anistia, que permitiu o retorno de exilados políticos. Desde então, Freire continuou a desenvolver seu trabalho no país, lecionando em universidades e instituições de ensino e contribuindo para a construção de políticas educacionais mais democráticas e inclusivas.
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