Tenho uma solidão. A pior parte disso é a sensação de que ninguém realmente te entende

Na complexa trama da existência humana, a solidão emerge como uma sombra persistente, envolvendo os espíritos excepcionais com sua presença inescapável. Como afirmou Schopenhauer no século 19, “A solidão é a sorte dos espíritos excepcionais”, lançando luz sobre uma verdade profunda acerca da condição humana. Neste vasto universo de conexões fragmentadas e interações fugazes, a solidão se manifesta como uma experiência individual e universal, transcendendo fronteiras culturais e temporais.

Ao contemplarmos essa realidade intrínseca da solidão, somos confrontados com questões fundamentais sobre a natureza da existência e da experiência humana. O que significa verdadeiramente estar sozinho? É simplesmente uma questão de ausência física de companhia, ou é algo mais profundo, uma desconexão emocional e espiritual que permeia a essência de nossa alma?

Para os espíritos excepcionais, aqueles cujas mentes são dotadas de sensibilidade aguçada e visão penetrante, a solidão muitas vezes se torna uma companheira constante. É a maldição de ver o mundo de uma perspectiva única, de sentir profundamente em um mundo que muitas vezes parece indiferente. No entanto, é também uma bênção disfarçada, uma oportunidade para a autoexploração e a busca pela verdadeira essência do ser.

Na busca pela verdadeira conexão humana, encontramos a essência da experiência humana. É a ânsia por alguém que não apenas compartilhe nossas alegrias e tristezas, mas que também compreenda as nuances mais profundas de nossa alma. É a busca por um refúgio onde possamos ser completamente nós mesmos, sem medo de julgamento ou rejeição.

No entanto, como navegantes solitários em um oceano de incertezas, somos confrontados com o paradoxo da existência humana. A solidão, embora possa parecer uma condição indesejável, é também uma oportunidade para o crescimento pessoal e a auto-descoberta. É através da solidão que aprendemos a nos conhecer verdadeiramente, a abraçar nossa própria companhia e a encontrar paz dentro de nós mesmos.

Portanto, enquanto a solidão pode ser uma jornada desafiadora, é também um lembrete da singularidade e da beleza da experiência humana. Somos seres complexos, capazes de profundidade emocional e introspecção, navegando pelo labirinto da vida em busca de conexão e significado. E talvez, ao abraçar a solidão como parte integrante de nossa jornada, possamos encontrar uma nova compreensão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.

A solidão é a sorte dos espíritos excepcionais”, escreveu Schopenhauer no século 19. Aos 37 anos, Michael B. Jordan captura uma verdade universal: a busca pela verdadeira conexão humana. É a busca por alguém que não apenas esteja presente fisicamente, mas que também compartilhe nossas dores, alegrias, sonhos e medos mais profundos. É a ânsia por encontrar um refúgio onde possamos ser completamente nós mesmos, sem máscaras ou pretensões.

Há um tipo de ser humano que não gosta de sair de casa, que encontra uma certa satisfação em ficar sozinho num quarto e, quando sai, dá o seu melhor no trabalho e volta sem conhecer muita gente. São pessoas que encontram calma na solidão, que não a encaram como um fardo ou uma punição, mas sim como uma oportunidade para se reconectar consigo mesmas e com o mundo ao seu redor.

Essas pessoas têm um ou dois amigos próximos e está tudo bem, sem problemas. Preferem qualidade à quantidade e sempre mantêm seus telefones no modo silencioso. Se ninguém pergunta sobre elas, também está tudo bem. Amam o mar, o deserto, o inverno e a solidão, pois esses lugares representam a oportunidade de se conectar com a natureza e consigo mesmas.

Essas pessoas estão sempre sorrindo, vagando em sua imaginação, sem machucar ninguém. Não são perfeitas, mas são raras. Conhecem-se muito bem e sabem o que precisam para se sentirem felizes e realizadas.

A solidão não entedia, ela vicia. Essas pessoas não se sujeitam a qualquer companhia apenas para preencher um vazio ou aplacar a sensação de estar sozinho. Pelo contrário, aprenderam a desfrutar da própria companhia, a se conhecer melhor e a desenvolver uma relação mais profunda consigo mesmas. Sabem que a verdadeira felicidade não depende de outra pessoa, mas sim de uma conexão mais profunda com o mundo que as cerca. Entendem que a vida é efêmera e que sagrado é o momento presente.

“Não ouse roubar a minha solidão, se não fores capaz de me oferecer a real companhia.” Nietzsche

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Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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