Relacionamento líquido: será que algumas pessoas vivem um, e não sabem?

Relacionamento liquido

O título deste artigo sobre relacionamento líquido parece ser muito pessimista, não é verdade? Mas não é. Ele revela apenas uma realidade dos tempos líquidos que o sociológo Baumam tanto alertou. As relações atuais são marcadas por domínio, decepção e muita terapia após a finalização de um ideal romântico.

Chegamos ao ponto deste artigo logo nas primeiras palavras : “ideal romântico”

O mundo das celebridades parece ser tão perfeito não é? Quase toodos nós queremos esta vida incrível: “envelhecer com alguém”. Confesso que eu acho realmente mágico e até gostaria de ter uma pessoa para finalizar os meus dias.

No entanto, as nossas relações high-tech são marcadas pela  descartabilidade, pois é basicamente assim que funciona as redes sociais. Desprezamos alguém com um clique. Bloqueamos e esta pessoa simplesmente não existe mais em nosso mundo. Não queremos reparar nossos erros, equívocos, simplemente apertamos um botão e jogamos a pessoa na lixeira virtual.

Essa é uma reflexão muito baumaniana. Nós nos tormamos apáticos e robôs sem sentimentos, por isso, corremos rapidamente para a terapia após um termínimo.

“A internet e o Facebook nos tranquilizam e nos dão a sensação de proteção e abrigo, afastando o medo inconsciente de sermos abandonados. Na verdade, muitas vezes você está cercado de pessoas tão solitárias quanto você.”

Esquecemos o amor, a amizade, os sentimentos, o trabalho bem feito. O que se consome, o que se compra, são apenas sedativos morais que tranquilizam seus escrúpulos éticos.

Zygmunt Bauman

Como chegamos neste nível de “não-sensibilidade?” Como podemos descartar pessoas assim sem ter coragem de ter um dialogo pessoalmente e deixar as coisas claras? Por que nós estamos evitando o diálogo?

Qual é o nosso principal medo?

Bauman, chegou a afirmar em seu livro Amor Líquido, que até mesmo a afinidade está se tornando algo pouco comum em uma sociedade de extremo comportamento descartável.

Segundo ele:

“Não há razão para caminhar à afinidade, sendo que não há o menor objetivo em firmar um laço que seja parecido com o parentesco. Não há objetivo de fixidez. As relações se desenvolvem com aquilo que já se tem, não com aquilo que ambos estão a fim de ter. Não se arrisca, por exemplo, a amar sinceramente, muito menos de se entregar”

O que o nossos amigos do Twitter dizem:

Será que nós estamos todos solitários nas redes?

Você tem medo de amar?

 

Enfim, qual a sua opinião sobre o tema?

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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