Conheça os Orixás que Regem o Ano de 2025: Energias e Projeções

Os Orixás que Regem o Ano de 2025: Energias e Projeções

No universo das religiões de matriz africana, cada ano é guiado por Orixás específicos, entidades que carregam energias e atributos que influenciam o período. Para 2025, especialistas e sacerdotes das tradições do Candomblé e da Umbanda apontam quais Orixás estarão no comando e como suas vibrações impactarão o ano.

Quem são os regentes de 2025?

Os principais Orixás que regerão 2025 são Xangô, o Orixá da justiça, e Iansã (Oyá), a senhora dos ventos e tempestades. Esta combinação de forças traz consigo um ano marcado por mudanças rápidas, decisões importantes e a busca por equilíbrio em meio a desafios.

•Xangô, o rei dos trovões, representa a justiça, a força e a sabedoria. Ele traz um chamado para que as pessoas avaliem suas ações e tomem decisões justas. Em 2025, a influência de Xangô pode ser vista em temas como a política, onde se espera um clamor por justiça social e igualdade, e também na vida pessoal, onde questões pendentes podem finalmente ser resolvidas.

Representação de Xangô feita por IA. 2025.

Xangô é um dos Orixás mais venerados nas religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, sendo reconhecido como o senhor da justiça, do trovão e da sabedoria. Sua figura é associada à força, à liderança e ao equilíbrio, simbolizando a capacidade de julgar com imparcialidade e corrigir os desequilíbrios do mundo. Representado pelo machado de duas lâminas, o oxé, Xangô é o defensor dos oprimidos e o responsável por trazer ordem em meio ao caos. Ele é profundamente conectado aos elementos naturais, como o fogo e a pedra, que simbolizam seu poder transformador e inabalável. Os trovões e relâmpagos que marcam sua presença refletem sua autoridade e seu papel como regulador das forças da natureza.

Conhecido também como um antigo rei do império de Oyo, na Nigéria, Xangô carrega a nobreza e o carisma de um líder respeitado e temido, mas também amado por sua capacidade de guiar e proteger seu povo. Suas cores, vermelho e branco, representam a energia vibrante e a harmonia que ele traz. É celebrado com oferendas que refletem sua força, como amalás, feitos com quiabo, além de velas e cânticos que exaltam sua grandeza. Xangô ensina que a verdadeira força está na sabedoria e na justiça, mostrando que é possível ser firme sem perder a compaixão. Para seus filhos e devotos, ele é um exemplo de coragem e equilíbrio, inspirando a enfrentar desafios com determinação e integridade. Sua presença em nossas vidas é um lembrete de que a verdade sempre prevalece, e que a justiça, mesmo que lenta, é inevitável. Sob sua regência, somos chamados a agir com responsabilidade e a cultivar a sabedoria em todas as nossas escolhas, confiando que ele estará ao nosso lado para guiar e proteger.

A poderosa Iansã

Iansã, conhecida também como Oyá, é uma das Orixás mais poderosas e veneradas nas religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. Senhora dos ventos, das tempestades e dos raios, ela é uma figura que simboliza movimento, transformação e liberdade. Seu nome, Oyá, está associado ao rio que leva o mesmo nome na África, local onde sua energia é considerada viva e sagrada. Filha de Yemanjá, Iansã é uma mulher de força incomparável, destemida e guerreira, mas também carrega uma sensualidade e um magnetismo irresistíveis.

Na mitologia, Iansã é lembrada por suas histórias marcantes ao lado de outros Orixás. Uma das mais conhecidas é sua relação com Xangô, com quem viveu uma paixão intensa. Ela é descrita como sua grande companheira, sempre ao seu lado em batalhas, ajudando-o a conquistar reinos e dominando ao seu lado o fogo e os raios. Iansã também foi a única entre os Orixás a aprender o segredo de lidar com os espíritos dos mortos, conhecidos como eguns. Segundo a tradição, ela obteve esse poder após roubar o segredo de Obaluaiê, tornando-se assim a única capaz de controlá-los, o que reforça ainda mais sua imagem de força e domínio sobre o invisível.

Outra história conta sobre sua disputa com Oxum, a deusa das águas doces e do amor. Apesar de ambas serem esposas de Xangô, suas personalidades opostas criaram conflitos, mas também momentos de união e aprendizado mútuo. Enquanto Oxum representa a delicadeza e a astúcia, Iansã é o impulso e a coragem, mostrando que a diversidade de forças é essencial para o equilíbrio.

Iansã é uma deusa que inspira respeito e admiração. Sua energia é conhecida por trazer mudanças rápidas e necessárias, assim como os ventos e as tempestades que levam embora o que está estagnado para abrir espaço para o novo. É a Orixá que ensina a força do desapego e da transformação, lembrando que a vida é feita de ciclos que devem ser aceitos com coragem e determinação.

Ela é representada com vestes vibrantes, geralmente em tons de vermelho e amarelo, cores que simbolizam sua conexão com o fogo e sua energia pulsante. Seus instrumentos, como o eruexim (um feixe de ramos ou fios usado para afastar energias negativas), refletem seu poder sobre os eguns e sua capacidade de limpar o caminho daqueles que a invocam. No cotidiano espiritual, Iansã é invocada para trazer movimento às vidas de seus devotos, seja abrindo caminhos, dissipando conflitos ou ajudando a enfrentar mudanças difíceis.

Seu temperamento forte e impetuoso é também equilibrado por uma profunda compaixão. Ela protege os injustiçados e aqueles que buscam a verdade, sendo uma guia para quem enfrenta momentos de incerteza ou transição. Iansã, com sua dança vibrante e sua presença avassaladora, ensina que a força e a liberdade são conquistas que vêm ao aceitar a transformação como parte inevitável da vida. Ela é a senhora dos ventos, que sopra para longe o que não serve mais, trazendo a promessa de renovação e esperança.

Iansã sendo representada por IA

O que esperar de 2025 sob essas influências?

•Justiça e renovação: O ano será marcado por um senso coletivo de justiça. Questões que antes eram ignoradas podem vir à tona, exigindo resolução. Tanto na esfera pública quanto na pessoal, a verdade será um tema central.

•Mudanças rápidas: Sob a regência de Iansã, espere por reviravoltas, sejam elas positivas ou desafiadoras. Será um ano em que a adaptação será essencial. O aprendizado estará em como lidar com as mudanças de forma madura e consciente.

•Equilíbrio e decisões sábias: Xangô pede que decisões sejam tomadas com equilíbrio e baseadas na razão, não na impulsividade. Este é o ano para agir com sabedoria, pesando as consequências antes de qualquer movimento.

Como se conectar com essas energias?

Para alinhar-se com as vibrações de Xangô e Iansã em 2025, é importante cultivar algumas práticas:

1.Busque a verdade e a justiça: Reflita sobre suas ações e procure ser justo consigo mesmo e com os outros. Esteja aberto ao diálogo e à resolução de conflitos.

2.Aceite as mudanças: Iansã ensina que a vida é feita de ciclos. Permita-se mudar e desapegar do que não contribui mais para o seu crescimento.

3.Cuide da espiritualidade: Reforce sua conexão com os Orixás por meio de orações, oferendas e práticas de gratidão. Acender uma vela branca ou marrom para Xangô e uma vela amarela para Iansã é uma forma de pedir proteção e orientação.

4.Mantenha o equilíbrio emocional: O ano pode ser intenso, mas com serenidade e foco será possível tirar o melhor das situações.

Cores e elementos do ano

As cores de 2025 serão o marrom e o dourado, representando Xangô, e o amarelo e o vermelho, representando Iansã. Elementos como pedras, madeira e fogo terão grande simbolismo, reforçando a energia de transformação e solidez.

2025 será um ano intenso, regido por duas forças poderosas que inspiram coragem, mudança e justiça. Sob as bênçãos de Xangô e Iansã, há um chamado para que cada pessoa enfrente suas verdades, busque crescimento e aceite os ventos que trazem renovação. Conectar-se com essas energias pode trazer não apenas proteção, mas também oportunidades de transformação e evolução.

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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