Mark Zuckerberg, um dos ícones do mundo digital, surpreendeu o público ao ingressar no setor pecuário, mas não de maneira convencional. Em um anúncio recente, ele revelou seus planos de investir na produção do boi de carne mais valiosa do planeta: o wagyu. Não apenas isso, mas também na raça angus, elevando os padrões da criação de gado a um novo patamar.
A peculiaridade não se restringe à escolha das raças. A estratégia de alimentação proposta por Zuckerberg é ainda mais intrigante: os animais serão nutridos com cerveja e macadâmias, cultivadas diretamente em sua fazenda, contando com a colaboração de suas filhas.
Por trás dessa fachada de inovação e qualidade, há questões complexas que merecem reflexão. Enquanto o bilionário almeja produzir a suposta melhor carne bovina do mundo, questões éticas sobre o tratamento dos animais na indústria alimentícia se fazem presentes.
A produção alimentar em um ambiente onde o luxo e a exclusividade parecem ser os focos principais levanta debates sobre a prioridade de recursos e esforços. Em um mundo onde milhões sofrem com a fome e as desigualdades sociais persistem, direcionar investimentos para uma produção de carne de alto padrão parece desalinhado com as necessidades globais.
Além disso, a maneira como os animais são tratados e alimentados, mesmo que visando a qualidade da carne, suscita questionamentos sobre o bem-estar animal. A alimentação à base de cerveja e macadâmia pode ser vista como um mero atrativo comercial, desconsiderando as necessidades naturais desses seres vivos.
A iniciativa de Zuckerberg, embora envolva avanços tecnológicos e inovação no setor alimentício, levanta questões fundamentais sobre as prioridades sociais, a ética na produção animal e a distribuição equitativa de recursos. É um lembrete de que a busca pela excelência não pode se sobrepor aos valores humanitários e à responsabilidade social e ambiental que todos nós devemos compartilhar.
Mas nós vivemos em um mundo capitalista não é mesmo? Bilionários nesta sociedade são pessoas imortais e podem tudo! Absolutamente tudo mesmo!
Por: Wanderson Dutch.