Marketing negativo – como a esquerda está ajudando a direita a se promover

Mesmo diante de tudo o que ele falou, fez, pintou e bordou, o Brasil ainda não acordou para o perigo da força maléfica de Bolsonaro.

chamaram de #elenao, de #bozo de #inominavel e tantos outros apelidos, nada adiantou, tudo isso e diversos outros fatores somaram de forma positiva para a popularidade de Bolsonaro que já vem sendo construída desde os anos 90 antes mesmo do CQC.

E agora, um novo monstro está se formando com ajuda da esquerda, dos influenciadores popstar que colocaram ele na visibilidade nacional com o apelido “chupetinha”

É muito comum vermos na internet e nas redes sociais a utilização de Marketing Negativo como forma de promoção de ideias extremistas. Ao expor os defeitos de outras ideologias ou grupos, esses extremistas tentam atrair pessoas que se identificam com suas visões, utilizando a estratégia de negatividade como uma forma de destacar suas ideias como melhores ou mais corretas.

No entanto, o problema com essa técnica é que ela acaba reforçando os estereótipos e preconceitos já existentes, ao invés de combatê-los. Ao expor cada vez mais as pessoas ignorantes, os grupos extremistas reforçam a ideia de que suas visões de mundo são superiores, criando um clima de polarização e antagonismo que só agrava o problema.

Por isso, acredito que o combate às ideias extremistas deve se concentrar na promoção de um diálogo construtivo e inclusivo, que busque compreender as diversas perspectivas e promova uma cultura de respeito e tolerância.

Para isso, é importante que toda a sociedade se comprometa em combater o preconceito e a intolerância, promovendo a diversidade e a inclusão. É fundamental que sejam valorizadas a educação e a cultura, como ferramentas essenciais para a formação de uma sociedade crítica e reflexiva.

Além disso, é necessário lembrar que a exposição negativa de pessoas ignorantes não ajuda em nada a resolver o problema, pelo contrário, pode torná-lo ainda mais grave. Em vez disso, devemos nos concentrar em combater as ideias extremistas, entendendo suas motivações e trabalhando para oferecer soluções que promovam a igualdade e o respeito mútuo.

O avanço dos grupos de extrema-direita no contexto brasileiro é uma questão que deve ser analisada com seriedade e atenção. Tais grupos representam uma ameaça à democracia, aos direitos humanos e à estabilidade política do país. É fundamental entender suas principais estratégias para combatê-las de forma efetiva.

Uma das principais estratégias utilizadas pelos grupos de extrema-direita é a utilização da mídia e das redes sociais para disseminar informações falsas e distorcidas. Como apontado por especialistas em comunicação, a disseminação de fake news tem sido uma arma poderosa nas mãos desses grupos, que buscam ampliar seu alcance e influência através da manipulação da opinião pública (MARTINO, 2018).

Além disso, esses grupos utilizam a violência como forma de intimidar seus oponentes e de promover o medo na população. De acordo com a pesquisa “Direitos humanos no Brasil 2018”, realizada pela organização não governamental Anistia Internacional, a violência política tem sido uma preocupação crescente no país, com um aumento significativo de agressões verbais e físicas perpetradas por grupos de extrema-direita contra pessoas e instituições que representam uma ameaça a suas ideologias (ANISTIA INTERNACIONAL, 2018).

Outra estratégia utilizada pelos grupos de extrema-direita é a infiltração em instituições políticas e sociais para ampliar sua influência e poder. Como observado por estudiosos da política brasileira, esses grupos têm se organizado em partidos políticos e em grupos de interesse para buscar a legitimação de suas ideias e práticas (FERNANDES, 2020).

É fundamental, portanto, que a sociedade brasileira esteja atenta e vigilante diante do avanço desses grupos. A defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão deve ser uma prioridade para todos aqueles que valorizam a diversidade e a pluralidade em nossa sociedade.

Referências:

ANISTIA INTERNACIONAL. Direitos humanos no Brasil 2018. Disponível em: http://www.social.org.br/files/pdf/reelatorio_dh_2018.pdf. Acesso em: 29 mar. 2023.

FERNANDES, R. A. Infiltrados: a ascensão de grupos de extrema direita na política brasileira. Estudos de Sociologia, v. 25, n. 49, p. 145-162, 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/sociologia/article/view/159172. Acesso em: 29 mar. 2023.

MARTINO, L. Grupos de extrema direita usam fake news para ampliar alcance, dizem especialistas. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/10/17/grupos-de-extrema-direita-usam-fake-news-para-ampliar-alcance-dizem-especialistas.ghtml. Acesso em: 29 mar. 2023.

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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