Idoso vende pipoca em BH e busca emprego como motorista em sinais de trânsito

A busca incessante por uma oportunidade de trabalho tem sido a realidade de muitos brasileiros, como é o caso de João Martins de Oliveira, de 67 anos, que vende pipoca em um semáforo no encontro das avenidas do Contorno e Getúlio Vargas, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Além de vender pipoca por R$ 2 a unidade, o idoso segura um cartaz que diz: “Procuro vaga de motorista particular”. João Martins trabalhou como motorista particular até 2019, quando foi diagnosticado com câncer de próstata. Para tratar a doença, precisou se afastar do emprego e posteriormente se aposentar com o pagamento de um salário mínimo. “Graças a Deus, hoje estou com saúde e quero voltar a trabalhar. Minha aposentadoria é de apenas um salário mínimo. Se eu conseguir um pouco a mais, isso fará toda a diferença”, relata o aposentado.João Martins e sua esposa, de 63 anos, vivem em uma casa no bairro Olhos D’água, na região Oeste da capital mineira. O casal possui três filhos, dois residem em BH e outro em São Paulo. Para manter as despesas da casa em dia, eles precisam contar com a ajuda financeira dos filhos. “Se eu conseguir um emprego na minha área de trabalho, será ótimo. Eu gosto do que faço”.

A história de João Martins é apenas uma entre milhares que revelam a triste realidade do Brasil, onde a falta de oportunidades de trabalho e aposentadorias precárias empurram os idosos para as ruas em busca de sustento. É inaceitável que, em um país tão rico, haja pessoas como João Martins que precisam vender pipoca em semáforos para sobreviver.

A situação de João Martins é apenas a ponta do iceberg de um sistema que é profundamente injusto e desigual. Enquanto algumas pessoas acumulam riquezas inimagináveis, a grande maioria dos brasileiros luta para sobreviver com salários baixos e aposentadorias que mal dão para pagar as contas.

É preciso que a sociedade como um todo se levante e exija mudanças. Precisamos de um sistema que valorize o trabalho e a dignidade humana, que garanta a todos os cidadãos a oportunidade de uma vida melhor. Precisamos de uma reforma da previdência que não sacrifique os mais pobres em nome dos interesses dos mais ricos.

Como jovem brasileiro, me sinto indignado com a situação de João Martins e de tantos outros idosos que lutam todos os dias para sobreviver. É hora de agir e lutar por um país mais justo e igualitário, onde a idade não seja um fator determinante na busca por oportunidades de trabalho e uma vida digna.

 

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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