O presidente da Câmara, inimigo do povo Hugo Motta (Republicanos-PB), simplesmente rejeitou — ou, no mínimo, empurrou com a barriga — o envio dos pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o Conselho de Ética da Casa . Vamos destrinchar por que isso é muito mais do que uma manobra de bastidor: trata-se de blindagem política clara, com consequências reais para a estabilidade do sistema democrático brasileiro.
⚖️ 1. Ausência de reação institucional
O Levante do PT, logo após Eduardo defender sanções dos EUA contra autoridades brasileiras — conduta vista como afronta à soberania nacional — impulsionou um pedido formal de cassação no Conselho de Ética .
Mas Hugo Motta teve a caneta de ouro: descartou encaminhar o processo. Resultado? O parlamentar permanece fora do país em licença, sem resposta institucional — e Eduardo segue em postura agressiva, articulando contra o STF .
🤐 2. Licença conveniente e contagem de faltas
Desde março, Eduardo está nos EUA sob uma licença de 120 dias — tempo suficiente para manter o mandato e driblar a contagem de faltas que poderia levar à cassação .
O PL ainda articula licenças renováveis ou cumprimento remoto. Motta, enquanto isso, promete retomar só em agosto, prolongando o vazio de responsabilização .
🛡️ 3. A blindagem institucional — e sua lógica política
É preciso entender: reter esse caso na gaveta da Mesa Diretora não é falha técnica. É estratégia. Hugo Motta, ligado a grupos do centrão e conciliador de interesses, sinaliza a aliados que pode “proteger” figuras de peso político.
O recado é claro: no Brasil, condição de poder ou blindagem institucional frequentemente é sinônimo de imunidade absoluta.
🔥 4. Risco ao regime democrático
Quando o presidente da Câmara impõe silêncio ao Conselho de Ética, a mensagem vai além: ela dissocia políticos de prestação de contas. Para a sociedade, promove descrença e enfraquece a ideia de que ninguém está acima da lei — ainda mais quando envolvem pessoas atacando instituições como o STF.