Eu espero que quando a morte te encontrar, ela te encontre vivo

Eu espero que quando a morte te encontrar, ela te encontre vivo”. Este provérbio africano, que a princípio pode parecer simples, carrega uma profunda mensagem sobre a vida e a morte. Ele nos lembra da importância de estar vivo de verdade, conscientes de cada momento da vida e aproveitando cada instante.

Infelizmente, muitas pessoas passam suas vidas em um estado de automação, vivendo suas rotinas sem questionar se essa é a vida que realmente desejam. Elas seguem as expectativas da sociedade e se esquecem de suas próprias vontades e sonhos. Isso leva a uma vida sem significado, sem propósito, e muitas vezes, sem realização.

A sociedade moderna nos pressiona para seguir padrões e atingir metas, muitas vezes em detrimento de nossa própria felicidade. Mas, será que vale a pena sacrificar a vida pelo sucesso e pela aprovação dos outros? Será que esse é o caminho para uma vida plena e satisfatória?

A verdade é que a vida é uma experiência única e finita, e precisamos aproveitá-la da melhor maneira possível. Isso significa estar presente no momento, vivendo com consciência e apreciando as pequenas coisas da vida. Significa também ser autêntico e fiel a si mesmo, e seguir os próprios sonhos e desejos, independentemente do que a sociedade espera de nós.

Infelizmente, muitas pessoas só percebem a importância dessas coisas tarde demais, quando a morte já está batendo à porta. Elas passam suas vidas perseguindo coisas que não as fazem felizes, em busca de aprovação e sucesso, e acabam morrendo sem terem realmente vivido.

Para evitar esse destino, é preciso buscar a conexão com o momento presente, com a natureza, e com a nossa própria essência. A prática meditativa pode ser uma ótima ferramenta para desenvolver a consciência e a conexão com o momento presente, e ajudar a encontrar paz interior e equilíbrio emocional.

Além disso, é importante encontrar um propósito na vida, algo que nos inspire e nos motive a seguir em frente. Isso pode ser algo tão simples como passar tempo com a família, ajudar outras pessoas, ou seguir um hobby que nos faça feliz. O importante é encontrar algo que dê significado à nossa vida, e que nos faça sentir vivos.

As pessoas muitas vezes se vêem presas em uma luta constante contra as suas próprias sombras, em um caminho tortuoso que exige muita força de vontade e determinação. E, nesse contexto, é comum que alguns indivíduos recorram a comportamentos e substâncias aditivas como uma forma de fuga da realidade.

Essa busca pela fuga é uma tentativa de escapar dos desafios impostos pela vida, dos momentos de dor e sofrimento, da dualidade presente em cada um de nós. É um movimento humano compreensível, ainda que muitas vezes equivocado.

A realidade é que enfrentar a vida de frente, sem mecanismos de fuga, é um desafio constante e muitas vezes assustador. A dualidade presente em cada um de nós exige um equilíbrio entre luz e sombra, alegria e tristeza, e muitas pessoas não estão preparadas para lidar com essa complexidade.

Mas essa busca pela fuga é uma ilusão. A verdade é que a dor e o sofrimento nunca desaparecem completamente, mesmo que momentaneamente aliviados pelas substâncias e comportamentos aditivos. E, muitas vezes, o que resta é apenas uma sombra ainda mais intensa e dolorosa.

Para enfrentar a realidade de frente, é necessário ter coragem, determinação e um senso de responsabilidade consigo mesmo. É preciso compreender que as sombras fazem parte da nossa existência e que, apesar da dualidade, somos capazes de encontrar equilíbrio e plenitude em nossas vidas.

Mas como podemos encontrar esse equilíbrio? Como podemos enfrentar a realidade sem cair nas armadilhas da fuga? A resposta está na reconexão com a nossa natureza interior, na busca pela sabedoria ancestral que há dentro de cada um de nós.

A natureza é uma fonte inesgotável de inspiração e cura, e nossos antepassados buscaram nela a sabedoria necessária para enfrentar os desafios da vida. Através da conexão com a natureza, podemos encontrar um caminho para a nossa cura interior e para o equilíbrio da dualidade em nossas vidas.

Reconhecer a nossa própria dor e a nossa própria sombra é o primeiro passo para a cura interior. Aceitar que somos seres complexos, cheios de contradições e imperfeições, mas que isso não nos define. Somos muito mais do que as nossas dores e nossos vícios, e é importante reconhecer isso.

O segundo passo é aprender a dançar com a dualidade da vida, a sorrir para a luz e a abraçar a escuridão. É preciso compreender que a vida é uma constante dança entre luz e sombra, e que essa dualidade faz parte da nossa existência. Aprender a abraçar a nossa própria escuridão é um ato de coragem e de amor próprio.

Por fim, é preciso buscar a conexão com a natureza, com a sabedoria ancestral que vive dentro de cada um de nós. Esse é um caminho que exige coragem, determinação e amor próprio.

“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida”

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Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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