Caminhos possíveis para a revolução preta no Brasil

Recentemente, tivemos a declaração de Jordânia, mais conhecida como Jotodinho, uma figura que ganhou fama após vencer um reality show e construiu uma base de seguidores com um falso apoio à comunidade LGBT, um apoio que, na prática, nunca se concretizou. Aos gritos, ela afirmou ser “preta de direita”, como se fosse uma bandeira de orgulho. Mas para muitos de nós, isso não é nenhuma surpresa. Jordânia já demonstrava comportamentos que, na prática, iam contra a sua própria história e sua ancestralidade. O que isso realmente significa?

Nenhuma pessoa preta é obrigada a ser de esquerda. Essa não é a questão. Cada um pode e deve ter liberdade de escolha. O ponto aqui, e o que eu gostaria de trazer como reflexão, é o que leva algumas pessoas pretas a aderirem a movimentos extremistas que, em suas ações políticas, não refletem os interesses da nossa comunidade. O que está por trás dessa decisão? 🤔

Revolução preta

Dentro do meu posicionamento, acredito que a verdadeira resposta para nossa libertação está no movimento pan-africanista, mas essa é outra conversa. O que me intriga é como certas pessoas conseguem se alinhar a políticas que não apenas desconsideram nossas histórias, mas também perpetuam as opressões sistêmicas que enfrentamos desde o ventre de nossas mães.

Eu chamo esses pretos de direita de traidores, porque, na prática, suas escolhas e ações servem a interesses que não são os nossos. Essa traição não é apenas ideológica, mas histórica, espiritual e coletiva. Como podemos apoiar sistemas que visam apagar nossa herança, nossa cultura e nossas lutas?

Seja qual for a escolha política, o mínimo que se espera é um compromisso com a coletividade. Afinal, não somos um corpo isolado, mas parte de uma luta ancestral que busca nossa liberdade total. 💪🏿🌍 E quando alguém se levanta para defender uma posição que ignora isso, a gente precisa questionar o porquê dessa pessoa escolher um caminho que nos afasta de nós mesmos.

É isso que me faz pensar: estamos realmente conscientes de quem somos e do que nossa história significa? Ou estamos apenas reproduzindo ideias que nos colocam em uma posição de submissão novamente? 👀

Quais os caminhos possíveis para a revolução preta?

Construir uma unidade preta no Brasil não é sobre reinventar a roda. 🚫🔄 É sobre reconhecer, valorizar e apoiar os trabalhos incríveis que já estão sendo feitos pelos nossos irmãos e irmãs! 🙌🏿✨ Vamos começar falando de Bárbara Carini, professora e doutora na Bahia, que fundou a primeira escola afro-brasileira, Maria Filippa. 📚🏫 Um projeto que não é só dela, mas de toda a comunidade preta! Este é o tipo de iniciativa que precisa do nosso apoio integral. 💥👏🏿 A gente deveria se unir em prol dessa escola, desse projeto, porque ele tem um impacto imenso em nossa população preta. 💪🏿🌍

Caminhos possíveis? Eles já estão sendo trilhados por pessoas como Bárbara Carini. Não precisamos inventar nada novo. O que precisamos é fortalecer esses projetos com nossa união e nosso apoio. 🤝🏿💡 Imagine o poder de uma comunidade preta que apoia suas próprias iniciativas educacionais, políticas e sociais!

Outro exemplo de potência preta é o Kleber Rosa, candidato a prefeito de Salvador. Ele representa não apenas uma candidatura, mas uma chance real de mudança para nossa gente. ⚡🌱 Um voto nele não é um voto só por ele, é um voto por todos nós! E não podemos esquecer de Claudete Alves, uma das precursoras na luta pela lei de cotas raciais e candidata a vereadora em São Paulo em 2024. Vamos nos unir em prol dessas candidaturas! 🗳️✊🏿 Elas são fundamentais para que ocupemos os espaços de poder que nos foram negados por tanto tempo.

Esses são os caminhos: apoiar o que já existe, o que já está dando certo, o que já está mudando vidas! Não é sobre criar algo novo do zero, mas sobre somar forças com o que nossos irmãos e irmãs já estão construindo. 🔗🖤

Então, vamos lá: unidade preta se faz com apoio mútuo, com reconhecimento e com ação! 🎯 Que tal começarmos por aí? Vamos apoiar a Escola Maria Filippa, as candidaturas de Kleber Rosa e Claudete Alves, e tantos outros projetos incríveis que já estão fazendo história! 🌟🔥 A unidade preta se constrói com nossos próprios passos, caminhando juntos, fortalecendo nossos próprios projetos! 🚶🏿‍♀️🚶🏿‍♂️

O futuro é nosso, e ele começa com cada um de nós! 🌍💪🏿

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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