Netflix é criticada por escolher atriz negra pra interpretar a Rainha Cleopta

Nos últimos anos tem aumentado a discussão sobre a real cor de pele da Rainha Cleopatra, governante do Antigo Egito, muitos ainda negam tal possibilidade, mesmo com as evidências contundentes encontradas. Embora a ideia não seja nova, as evidências científicas estão cada vez mais apoiando essa teoria. No entanto, a questão ainda é controversa e alguns estudiosos ainda se opõem a essa ideia.

As primeiras evidências de que Cleópatra poderia ter sido de origem negra vieram do historiador romano Plutarco, que escreveu que a rainha era “nem muito alta nem muito baixa, a pele dourada, olhos negros e cabelos encaracolados.” Essa descrição é consistente com traços físicos comuns entre os africanos, e levou alguns estudiosos a especular que ela poderia ter sido de origem mista.

No entanto, a evidência mais concreta veio da análise de artefatos e restos humanos do Antigo Egito. Um estudo realizado em 2009 pela Universidade de Manchester e pela Universidade de Bristol usou técnicas de espectroscopia para analisar a cor da pele de múmias de antigos egípcios. Os resultados mostraram que a pele dessas múmias variava de claro a escuro, indicando que a diversidade racial era comum no Antigo Egito.

Outro estudo, publicado em 2017 na revista Scientific Reports, usou análises de DNA para examinar os restos mortais de parentes de Cleópatra. Os resultados mostraram que esses parentes tinham uma mistura de ancestralidade grega e africana. Embora esses parentes não fossem diretamente ligados a Cleópatra, é possível que ela também tenha tido a mesma mistura de ancestralidade.

Alguns estudiosos ainda se opõem à ideia de que Cleópatra poderia ter sido de origem negra. Alguns argumentam que a análise de DNA não é conclusiva o suficiente e que a mistura de ancestralidade grega e africana poderia ser explicada por outros fatores, como o casamento com cônjuges gregos.

No entanto, é importante lembrar que as evidências científicas até agora apontam fortemente para a possibilidade de que Cleópatra fosse de origem negra. Embora a questão ainda seja controversa, é uma discussão importante que ajuda a desafiar a ideia de que o Antigo Egito era uma civilização homogênea.

Além disso, a possibilidade de que Cleópatra fosse de origem negra não diminui em nada suas realizações históricas e seu legado duradouro. Ela foi uma governante habilidosa, uma estrategista política brilhante e uma defensora da cultura e da literatura egípcia. A verdadeira importância de Cleópatra não reside em sua aparência, mas em suas realizações como líder e governante.

Cientistas concluem que os ascendentes da sedutora rainha eram africanos – fato, aliás, do qual dizem que ela sempre se envergonhou

Hilke Thur é uma arqueóloga alemã que se concentrou em estudar a figura da Rainha Cleópatra e a dinastia ptolemaica do Antigo Egito. Thuer é uma das principais pesquisadoras na área e realizou vários estudos importantes sobre Cleópatra.

Uma das principais contribuições de Thuer foi sua análise do túmulo de Cleópatra e seu amante, Marco Antônio. Embora o túmulo ainda não tenha sido encontrado, Thuer conseguiu reconstruir o que ele poderia ter parecido com base em evidências arqueológicas e históricas. Ela sugeriu que o túmulo de Cleópatra e Marco Antônio provavelmente seria uma tumba enorme e extravagante, com decorações em ouro e pedras preciosas.

Além disso, Thuer também analisou vários objetos históricos relacionados a Cleópatra. Em particular, ela estudou uma estatueta de Cleópatra que foi encontrada em uma escavação no Egito. Thuer usou técnicas de análise científica para examinar a estatueta, incluindo a espectroscopia e a microscopia eletrônica. Com base em suas análises, Thuer concluiu que a estatueta foi feita durante o reinado de Cleópatra e que provavelmente retrata a própria rainha.

Outro estudo importante de Thuer foi sua análise do sistema de irrigação em Taposiris Magna, um antigo sítio arqueológico no Egito que foi associado à dinastia ptolemaica. Thuer argumentou que o sistema de irrigação era avançado para a época e que sugere que a dinastia ptolemaica tinha um conhecimento sofisticado de engenharia hidráulica.

Além disso, Thuer também estudou a genealogia da dinastia ptolemaica, incluindo a origem étnica da família real. Seus estudos sugerem que a dinastia era uma mistura de gregos, macedônios e egípcios, o que indica que o Antigo Egito era uma sociedade multicultural e diversa.

Cleópatra realmente descendeu de negros e não corria sangue de macedônios em suas veias. “Tudo indica que ela tinha o rosto em formato alongado, traço típico de africanos da Antiguidade. Cleópatra possuía genes de origem africana”, diz Thuer.

 

Gostou? Compartilhe

Fortaleça este trabalho independente participando do nosso grupo de apoio clicando aqui

ou com qualquer contribuição simbólica:

chave Pix celular:

11942668910

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

apoia.se