Do passado sombrio ao presente incerto: 59 anos do Golpe Militar no Brasil.

Hoje completamos 59 anos desde o início de uma das épocas mais sombrias da história brasileira, a ditadura militar. Infelizmente, os retrocessos em nosso país nos fazem refletir sobre quanto dessa herança ainda persiste na sociedade e na política brasileira.

Apesar de avanços em áreas como educação, saúde e direitos humanos nas últimas décadas, o Brasil ainda enfrenta desafios enormes na busca por uma sociedade mais justa e democrática. A crescente violência policial, a discriminação racial e de gênero, a negação da ciência e o retrocesso ambiental são apenas alguns exemplos desses desafios.

Além disso, a influência negativa de líderes políticos que buscam a polarização e o enfraquecimento das instituições democráticas é uma ameaça constante à estabilidade do país. Não é necessário citar nomes, mas é inegável que a figura de um ex-presidente tem contribuído para a disseminação de discursos autoritários e para a polarização da sociedade.

A negação da ciência é um desses exemplos que temos visto nos últimos anos. Em plena pandemia, vimos líderes políticos promovendo remédios sem comprovação científica e desestimulando medidas de distanciamento social, colocando a vida da população em risco. Esse tipo de postura não só coloca em risco a saúde das pessoas, como também gera desconfiança nas instituições científicas e fortalece um discurso negacionista que atenta contra a democracia.

Outro aspecto preocupante é a crescente violência policial e a falta de medidas efetivas para combatê-la. Não é raro vermos casos de abuso de autoridade e violência policial que resultam em mortes de pessoas negras e pobres. Isso é uma herança da ditadura militar que ainda persiste, e a falta de políticas efetivas para combatê-la é um retrocesso para a democracia brasileira.

Que país nós iremos deixar para as próximas gerações? Essa é uma pergunta que exige reflexão profunda e abrangente sobre a realidade brasileira atual. O Brasil passa por um momento de retrocessos em diversas áreas, em grande parte influenciado pela gestão do governo anterior e pelas ações de seus apoiadores. É importante analisar esses retrocessos e entender como eles impactam o futuro do país.

Um dos grandes desafios que o Brasil enfrenta é a questão ambiental. O país tem uma rica biodiversidade e uma grande extensão territorial, mas a exploração predatória e a falta de políticas efetivas de preservação ambiental colocam em risco o futuro da natureza e das populações que dependem dela. Além disso, as mudanças climáticas representam uma ameaça crescente à segurança alimentar, hídrica e energética do país. As próximas gerações podem herdar um país com recursos naturais escassos e fragilizados, o que terá impactos diretos na qualidade de vida e no desenvolvimento econômico.

Outro desafio é a desigualdade social. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, com concentração de renda, exclusão social e violência em diversas regiões. Essa realidade perpetua-se ao longo dos anos e, em vez de ser combatida, é intensificada por políticas públicas que favorecem a elite e marginalizam os mais pobres. As próximas gerações podem herdar um país ainda mais desigual, com altos índices de violência e precarização do trabalho e dos serviços públicos. É necessário um esforço conjunto para promover políticas de justiça social, distribuição de renda e acesso aos direitos básicos.

Wanderson Dutch

Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados.

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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