Tudo indica, desde os posicionamentos firmes de Alexandre de Moraes, que as empresas no Brasil não irão deixar repetir a chuva de fake news que rolou em 2018.
O cenário que nós temos hoje é completamente diferente, uma parte expressiva da população está de olho para não repetir os absurdos e as mentiras que são frequentes em períodos eleitorais.
A ferramenta “comunidades” que foi anunciada pela empresa no início deste ano, permitiria o aumento do número de usuários nos grupos de WhatsApp, que poderiam chegar a milhares de pessoas. No modelo atual, há um limite de 256 participantes.
As especulações sobre a mudança abriram um debate sobre o risco de facilitar a disseminação de notícias falsas no período pós-eleitoral. O WhatsApp é considerado por especialistas uma das plataformas com menor grau de controle sobre o conteúdo que circula entre os usuários, já que as conversas são privadas e criptografadas. Nas redes sociais, como Instagram e Facebook, há moderação de conteúdo.
“Estamos entusiasmados com o valor que a funcionalidade Comunidades trará para que organizações sociais e empresas possam gerenciar suas conversas em grupo. Enquanto estamos progredindo, não temos a expectativa de lançar Comunidades no Brasil antes de 2023?, diz um informe do porta-voz do aplicativo.
Oficialmente, a decisão de adiar a novidade para 2023 foi informada nesta semana ao Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo. Antes, o WhatsApp havia se comprometido a ativar a funcionalidade após o segundo turno das eleições.
O MPF expediu então uma recomendação apontando riscos de desinformação após o período eleitoral. O órgão manifestou preocupação com “fluxos organizados de desinformação sobre as instituições e os processos democráticos brasileiros” e com a “integridade cívica do País”.