1º de Agosto: O Fim da Escravidão nas Colônias Britânicas e o Impacto na África

Em 1º de agosto de 1838, a emancipação total foi realizada na maioria das colônias britânicas, embora a Lei de Abolição da Escravatura tenha recebido consentimento real cinco anos antes, em 28 de agosto de 1833.

A Lei de Abolição da Escravatura estipulou um período de transição de seis anos para o aprendizado, durante o qual os indivíduos anteriormente escravizados continuariam trabalhando para seus antigos senhores sem salário.

“Embora a Grã-Bretanha tenha transportado cerca de 3,1 milhões de africanos escravizados, apenas cerca de 2,7 milhões chegaram ao destino, em grande parte devido às mortes durante a travessia do Atlântico (a jornada entre a África e as Américas). Existem poucos registros relacionados à travessia do Atlântico[.]” The U.K. National Archives.

Africa

O fim da escravidão marcou o início da servidão contratada indiana.

Os primeiros servos contratados indianos chegaram à Guiana em 5 de maio de 1838, e 3 meses depois, em 1º de agosto de 1838, a emancipação total foi realizada na maioria das colônias britânicas.

1º de agosto de 1498: Colombo desembarcou no que hoje é a Venezuela.
Agosto de 1619: Os primeiros africanos escravizados chegaram ao que hoje são os Estados Unidos.
1º de agosto de 1838: A emancipação total foi realizada na maioria das colônias britânicas.

Libertação de África

Embora a abolição da escravatura no Império Britânico, formalizada em 1º de agosto de 1838, tenha representado um marco significativo na luta pela liberdade, ela não eliminou a persistência das políticas racistas. A abolição foi um avanço crucial, mas não significou o fim da opressão ou da discriminação racial. Muitas das práticas e atitudes racistas continuaram a moldar a sociedade britânica, afetando tanto os africanos que se mudaram para o Reino Unido quanto os que nasceram lá.

Por exemplo, Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990, é um exemplo de uma figura histórica cujo governo implementou políticas que tiveram um impacto desproporcional e negativo sobre as comunidades afrodescendentes. Apesar de seu governo promover algumas políticas econômicas que eram amplamente apoiadas por diversos setores da sociedade, sua postura em relação às questões raciais e à imigração foi muitas vezes criticada por sua falta de sensibilidade e por acirrar a divisão racial.

Além de Thatcher, o tratamento de pessoas de origem africana e caribenha na Grã-Bretanha também foi prejudicado por atitudes racistas sistemáticas e políticas discriminatórias. O racismo estrutural e institucionalizado persistiu nas formas de discriminação no emprego, no acesso à moradia e na educação, refletindo que a abolição da escravatura não foi acompanhada por uma verdadeira equidade racial.

outro caso bem recente foi o:

O escândalo de racismo escancarado com a família real britânica

foto, Ativista de violência doméstica Ngozi Fulani foi persistentemente questionada de onde ela era "realmente" no evento de caridade do Palácio de Buckingham
foto, Ativista de violência doméstica Ngozi Fulani foi persistentemente questionada de onde ela era “realmente” no evento de caridade do Palácio de Buckingham.

Lady Hussey foi a mais longeva dama de companhia da rainha Elizabeth 2ª e nasceu em uma família nobre, filha de um conde e de uma condessa. Ela é retratada brevemente na quinta temporada da série da Netflix ‘The Crown’.

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Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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