Magno Malta sobre caso Vini Jr ‘Cadê os defensores dos macacos?

O Senador em questão, cujas realizações em prol do país têm sido escassas, argumentou que as emissoras continuam incansavelmente abordando esse assunto desde ontem, reverberando-o e revitimizando-o, tudo em busca de audiência e atraindo mais patrocinadores. Suas palavras refletem uma total falta de ética por parte dessas emissoras”, declarou o Senador.

Além disso, o Senador fez uma analogia intrigante, comparando a situação a uma picada de cobra e seu respectivo antídoto, que é extraído do próprio animal.

Ele também expressou sua indignação com a falta de defensores da causa animal, especialmente no que diz respeito à exposição do macaco nesse contexto. “Cadê os defensores dos direitos dos animais que não estão defendendo o macaco? É notória a hipocrisia que envolve essa questão. O macaco é uma criatura inteligente, quase um parente próximo do ser humano, com a única diferença de possuir uma cauda. Ele possui todas as características imagináveis”, acrescentou o Senador.

Embora a sessão no Senado estivesse originalmente discutindo o Projeto de Lei 776/2019, relacionado a doações para pesquisa científica deduzidas do Imposto de Renda, o Senador fez questão de trazer à tona esse caso polêmico. “Se eu fosse um jogador negro, entraria em campo com um leitãozinho branco nos braços. Daria um beijo nele e diria: ‘Olhem como eu não tenho nada contra os brancos. Afinal, ainda como carne de porco'”, comentou o Senador.

Em meio às suas declarações, o Senador também expressou admiração por Vinicius Jr., mas continuou criticando a forma como a repercussão do caso tem sido tratada, alegando que há muito mais envolvido além do racismo. “Há inveja, pessoas que desejariam ser como ele, mas não têm a mesma habilidade”, concluiu.

O racismo, infelizmente, persiste como uma chaga em nossa sociedade. Entender suas raízes é essencial para combatê-lo de forma efetiva. Nesse contexto, emerge a seguinte reflexão: será que o sistema econômico em que vivemos, o capitalismo, desempenha um papel fundamental na perpetuação do racismo? Neste texto crítico, exploraremos essa relação intrincada entre capitalismo e racismo, evidenciando como as estruturas do sistema atual contribuem para a manutenção de desigualdades raciais.

Desigualdade econômica e concentração de poder: O capitalismo, baseado na busca pelo lucro e na propriedade privada dos meios de produção, cria um ambiente propício para a desigualdade econômica. Infelizmente, essa desigualdade muitas vezes se alinha com a questão racial. Minorias étnicas e grupos historicamente marginalizados são frequentemente prejudicados, tendo menos acesso a recursos, oportunidades e representatividade nos setores econômicos mais privilegiados. A disparidade de renda e a concentração de poder nas mãos de uma minoria abrem espaço para a manutenção de atitudes racistas e a perpetuação de estereótipos negativos.

Exploração e lucro através do racismo: O racismo também pode ser visto como uma ferramenta que serve aos interesses capitalistas. A exploração econômica das pessoas com base em sua raça ou etnia é um mecanismo que beneficia aqueles no topo da hierarquia social e econômica. A história nos mostra exemplos claros disso, desde a escravidão e o colonialismo até as práticas discriminatórias no mercado de trabalho e nas relações comerciais contemporâneas. A exploração sistemática das comunidades marginalizadas gera lucro e perpetua a desigualdade, enquanto divide e enfraquece a solidariedade entre os trabalhadores.

Consumismo e apropriação cultural: No capitalismo, o consumo desempenha um papel central na economia. No entanto, a indústria muitas vezes se apropria de elementos culturais de comunidades étnicas minoritárias, transformando-os em mercadorias e perpetuando estereótipos raciais. Essa apropriação cultural muitas vezes ocorre sem o devido respeito às origens e significados culturais, contribuindo para a objetificação e exotificação de certos grupos étnicos. Essa prática comercial alimenta uma mentalidade consumista que promove a desvalorização da diversidade cultural e reforça a hierarquia racial.

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Wanderson Dutch

Wanderson Dutch

Wanderson Dutch é escritor, dancarino, produtor de conteúdo digital desde 2015, formado em Letras pela Faculdade Capixaba do Espírito Santo (Multivix 2011-2014) e pós-graduado pela Faculdade União Cultural do estado de São Paulo (2015-2016).
Vasta experiência internacional, já morou em Dublin(Irlanda), Portugal, é um espírito livre, já visitou mais de 15 países da Europa e atualmente mora em São Paulo.
É coautor no livro: Versões do Perdão, autor do livro O Diário de Ayron e também de Breves Reflexões para não Desistir da Vida.

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